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BC diz que está atento ao apetite a risco em crédito a famílias

O BC destacou que na 2º metade de 2021 o crescimento do crédito não consignado e do cartão de crédito

BC diz que está atento ao apetite a risco em crédito a famílias
Edifício sede do Banco Central, em Brasília. (Foto: André Dusek/Estadão)

(Eduardo Rodrigues e Thaís Barcellos, Estadão Conteúdo) – O Banco Central afirmou há pouco que o apetite a risco elevado de instituições financeiras acelerou o crédito às famílias no segundo semestre de 2021, embora sem aumento do ativo problemático na carteira. “No geral, o porcentual de APs manteve-se estável, mas o BC está atento à elevação do apetite ao risco”, alertou. A avaliação consta no Relatório de Estabilidade Financeira (REF) relativo ao período, que deveria ter sido divulgado em abril, mas foi postergado em meio à greve dos servidores do BC.

A atenção à elevação do apetite a risco se justifica, segundo o regulador do sistema financeiro, porque o montante de ativos problemáticos (APs) da linha de financiamento habitacional com recursos do FGTS e do financiamento de veículos cresceu acima do aumento dessas carteiras no segundo semestre do ano passado.

“Além disso, a escassez de renda disponível para o pagamento de dívidas e uma eventual frustração do desempenho da atividade econômica podem elevar o risco nos próximos meses”, disse, de maneira defasada, já que a atividade econômica tem surpreendido este ano.

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O BC também destacou que, dentre as modalidades com maiores risco e retorno no crédito a famílias, destacaram-se na segunda metade de 2021 o crescimento do crédito não consignado e do cartão de crédito, com o aumento das operações rotativas. Além disso, nas demais modalidades, houve crescimento elevado do crédito rural, “em linha com o quadro geral da atividade agrícola no país”.

Conforme o BC, as instituições financeiras aumentaram o apetite a risco, sobretudo no crédito não consignado e no financiamento de veículos, com a oferta reduzida de automóveis novos aprofundando a tendência de financiamento a veículos com mais de três anos de uso e houve elevação do prazo médio de financiamento. “O crédito não consignado cresceu mais em operações com histórico de maior materialização de risco, sem garantia ou com garantia fidejussória.”

O BC também destacou que destacaram-se na segunda metade de 2021 o crescimento do crédito não consignado e do cartão de crédito