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Com inadimplência em alta, Santander defende estratégia de cautela

A unidade local do banco espanhol no Brasil teve lucro líquido de 4,005 bilhões de reais de janeiro a março

Com inadimplência em alta, Santander defende estratégia de cautela
Foto: Edgard Garrido/Reuters
  • A carteira de crédito do banco avançou 7,2% ano a ano na base anual, mas encolheu em comparação ao quarto trimestre de 2021.

O Santander Brasil está confiante na estratégia que adotou no final do ano passado de expandir a carteira de crédito de forma cautelosa, enquanto amplia provisões para perdas esperadas com inadimplência, disseram executivos do banco nesta terça-feira.

“Foi um movimento calculado”, disse a jornalistas o presidente-executivo do banco, Mario Leão, que comandou pela primeira vez a apresentação pública de resultados do banco após ter assumido o cargo em janeiro.

A unidade local do banco espanhol no Brasil teve lucro líquido de 4,005 bilhões de reais de janeiro a março, 1,3% a mais do que um ano antes, praticamente em linha com as projeções de analistas consultados pela Refinitiv.

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Porém, analistas frisaram que os resultados centrais do banco no período vieram fracos, com o índice de inadimplência acima de 90 dias subindo de 2,1% para 2,9% na comparação anual. As provisões para perdas esperadas com calotes deram um salto de 45,9% ano a ano, para 4,6 bilhões de reais.

A melhora na última linha do resultado deveu-se em parte ao menor volume de impostos pagos.

A carteira de crédito do banco avançou 7,2% ano a ano na base anual, mas encolheu em comparação ao quarto trimestre de 2021.

“Não vamos ter um crescimento acelerado da nossa carteira de crédito em 2022”, disse Leão.

Segundo o diretor financeiro do Santander Brasil, Angel Santodomingo, o banco manterá a política de controle de despesas, enquanto busca ampliação das receitas com clientes na tentativa de defender seu retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE), que atingiu 20,7%, alta de 0,6 ponto percentual frente aos três meses anteriores.

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