O que este conteúdo fez por você?
- Índice pode levar o Federal Reserve (Fed) a iniciar um ciclo de redução de juros mais rápido
- Inflação ainda não voltou à meta de 2%, e há um caminho a percorrer para estabilizar os preços
- Reprovação do governo Lula caiu de 32% para 31%, com 31% considerando a administração regular
Após uma abertura otimista, o dólar hoje encerrou o pregão com leve alta de R$ 5,442, 0,55% acima do valor do fechamento de ontem. Pela manhã desta quinta-feira (11),a moeda americana foi negociada a R$ 5415, uma baixa de 0,08% quando comparado ao dia anterior.
Segundo investidores, o que impulsionou a alta do câmbio no fim da tarde foram os novos dados econômicos dos Estados Unidos, apesar do índice indicar desaceleração da inflação americana.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, o índice de inflação CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) desacelerou para 3% em junho, abaixo das estimativas de 3,1% coletadas pela Bloomberg. Em maio, o índice estava em 3,3%.
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Esses novos dados reforçaram o otimismo do mercado de câmbio sobre a desaceleração da economia americana, o que pode facilitar ao Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) iniciar um ciclo de redução de juros mais rápido no país.
Esse resultado se soma a recentes dados que têm mostrado uma moderação no mercado de trabalho dos EUA, levando o presidente do Fed, Jerome Powell, a declarar em audiência no Congresso na terça-feira que o país não possui “mais uma economia superaquecida”.
Os operadores aumentaram as apostas em um corte de 0,25 ponto na taxa de juros do Fed já em setembro, agora em 85%, contra 70% anteriormente, porque os resultados desta manhã devem aumentar a confiança das autoridades do Fed na direção do retorno da inflação à meta de 2%.
Dólar: investidores estão de olho nos planos do Fed para a política monetária
O mercado financeiro repercute ainda o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na Comissão de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes. Powell declarou ontem que a política monetária americana está em uma posição restritiva, mas não de forma “extremamente” restritiva. Ele indicou que a taxa neutra de juros é agora mais alta do que era anteriormente.
Durante uma audiência na Câmara dos Representantes, Powell mencionou que não espera que as taxas de juros básicas retornem aos níveis baixos observados antes da pandemia. “Dissemos que não devemos esperar que a inflação baixe até 2%, porque a inflação tem um certo ímpeto”, disse.
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Ele reconheceu que o combate à inflação americana ainda não está completo e que ainda há um caminho a percorrer para garantir a estabilidade dos preços. No entanto, ele destacou que a autoridade monetária também deve prestar atenção ao mercado de trabalho. “Se esperarmos tanto, provavelmente teremos esperado demais” para cortar as taxas de juros. Nesse cenário, a inflação ficaria muito abaixo do nível alvo, o que também é um resultado indesejável”, completou.
Powell acrescentou que os riscos entre esses dois fatores estão mais equilibrados. Ele afirmou que é possível alcançar a estabilidade dos preços enquanto a taxa de desemprego permanece baixa, um cenário conhecido como “pouso suave”.
Dólar hoje: índices de melhora do governo Lula ajudaram moeda no Brasil
No cenário doméstico, a cotação do dólar foi na contramão do exterior durante toda a manhã após a divulgação da pesquisa da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec). Nesse momento, os investidores estavam de olho na ligeira melhoria nos índices de avaliação do governo Lula (PT).
A aprovação da gestão petista aumentou de 33%, em março, para 37% em julho, enquanto a reprovação caiu de 32% para 31%. Outros 31% consideram a administração regular e 2% não souberam ou não responderam.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi realizado entre os dias 4 e 8 de julho, com 2 mil entrevistados com 16 anos ou mais em 129 municípios.
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Na pesquisa de março do Ipec, a aprovação da gestão Lula havia caído (índices de ótimo e bom) de 38% em dezembro para 33%, atingindo o nível mais baixo do mandato. Na mesma ocasião, a reprovação (índices de ruim e péssimo) aumentou de 30% para 33%. Os dados de julho mostram uma reversão dessa tendência, aproximando-se dos níveis verificados no final do ano passado (quando a aprovação era de 38% e a reprovação, de 30%).
O melhor desempenho numérico do governo Lula 3 na série histórica do Ipec foi em março de 2023, com 41% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo. Segundo o instituto, neste mês de julho, os avanços mais significativos na aprovação do governo foram entre os moradores do Nordeste (cujo índice de ótimo/bom subiu de 43% para 53%) e entre aqueles com renda familiar mensal de até um salário mínimo (de 39% para 48%).
A dólar hoje acumula queda de 0,91% na semana, recuo de 3,16% no mês e alta de 11,53% no ano.
O que afetou o dólar hoje? Entenda em seis pontos
- Dólar encerrou o pregão com leve alta de R$ 5,443, 0,58% acima do valor de ontem; pela manhã, foi negociado a R$ 5,415, baixa de 0,08% comparado ao dia anterior.
- Novos dados econômicos dos EUA, indicando desaceleração da inflação para 3% em junho, impulsionaram a alta do câmbio.
- A desaceleração da inflação pode levar o Federal Reserve (Fed) a iniciar um ciclo de redução de juros mais rápido, com operadores apostando em um corte de 0,25 ponto em setembro.
- Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que a economia dos EUA não está “superaquecida” e que a taxa neutra de juros é agora mais alta do que antes da pandemia.
- No cenário doméstico, a aprovação do governo Lula aumentou de 33% em março para 37% em julho, enquanto a reprovação caiu de 32% para 31%.
- Até então, o dólar acumula uma queda de 0,91% na semana, recuo de 3,16% no mês e alta de 11,53% no ano.
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