O dólar se enfraqueceu ante pares rivais nesta sexta-feira, após o alívio nos rendimento dos Treasuries estreitar o diferencial de juros de economias internacionais com os Estados Unidos. O ambiente de risco ameno no exterior também contribuiu para o movimento do câmbio.
O índice DXY, que mede a divisa dos EUA ante seis rivais fortes, fechou a sessão em baixa de 0,48%, a 104,521 pontos, com perda de 0,66% na semana. Por volta das 18h00 (de Brasília), o dólar recuava a 135,82 ienes, uma das moedas mais sensíveis ao comportamento dos títulos públicos.
A tendência reverteu os ganhos fortes da véspera, quando novos sinais de inflação reforçaram expectativas por aperto monetário agressivo nos EUA. Em relatório semianual, o Federal Reserve (Fed) reforçou que aumentos adicionais nos juros serão necessários em prol da estabilidade de preços.
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Na Europa, o euro subia a US$ 1,0632, diante dos sinais de que o Banco Central Europeu (BCE) manterá o ritmo agressivo de aperto monetário. Membro do conselho do BCE, Pierre Wunsch afirmou que a taxa de depósitos pode ter que atingir 4% em meados deste ano, em linha com previsões de bancos como Credit Suisse e Barclays. Outros dirigentes também argumentaram em favor da manutenção do curso firme da política monetária.
O Commerzbank, no entanto, pondera que divergências entre os BCs que compõem o BCE podem complicar os planos. Segundo o banco alemão, países com perfil de dívida mais vulnerável sinalizam resistência a subir juros de forma agressiva. “Se sinais indicando isso aumentarem, o euro correria risco de registrar perdas significativas”, alerta.
No Reino Unido, o quadro de incertezas é semelhante. O país é um dos mais vulneráveis à desaceleração da economia, mas também enfrenta altos níveis de inflação. Nos últimos dias, contudo, os fatores que vinham pressionando a libra arrefeceram, de acordo com o TD Securities. Assim, no horário em questão, a moeda britânica avançava a US$ 1,2044.