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- Somado às ações mantidas em tesouraria, a recompra equivale a quase 10% das ações em circulação
- Rede D’Or afirma que a recompra visa “maximizar a geração de valor para os acionistas”
- Operadora de saúde não entrou em detalhes sobre qual será o destino das ações que serão recompradas
A Rede D’Or (RDOR3) anunciou a recompra de até 30 milhões de ações ordinárias na noite da última terça-feira (11). Isso representa quase 10% das ações em circulação somadas aos papéis mantidos em tesouraria, cujo valor total será de até R$ 1 bilhão. Mas será que esse movimento é benéfico para os investidores da operadora de saúde?
Em fato relevante, a Rede D’Or comunicou que a estratégia visa “maximizar a geração de valor para os acionistas”. Sem entrar em detalhes sobre qual será o destino das ações que serão recompradas, a companhia afirma que o programa terá suporte do montante global das reservas de lucro e de capital disponíveis. “Com exclusão da reserva legal, da reserva de lucros a realizar, da reserva especial de dividendo não distribuído e da reserva de incentivos fiscais”, diz o comunicado.
Regis Chinchila, head de research da Terra Investimentos, alerta que a recompra de ações, seja qual for a companhia, é um movimento que os investidores precisam ter atenção. “É crucial que os acionistas façam uma análise cuidadosa do contexto e das motivações por trás da recompra, para tomar decisões informadas sobre manter ou vender suas ações”, diz. Em relação à Rede D’Or, Chinchila acredita que tende a ser um movimento positivo. “Especialmente se a empresa está bem fundamentada e a recompra é parte de uma estratégia clara de criação de valor a longo prazo”, afirma.
Já a equipe da Ativa Research comenta que a recompra de ações costuma ocorrer quando a companhia está com uma boa geração de caixa, alavancagem controlada e saúde financeira em dia. “Normalmente, a recompra é um bom indicativo para o acionista porque pode indicar que o valuation dela esteja depreciado”, diz a Research.
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Além disso, eles apontam que caso haja o cancelamento dos papéis recomprados, isso será benéfico para o acionista minoritário, já que o papel irá valer mais. Caso haja a alienação, a Ativa explica que poderá ser usada como uma reserva para o futuro. “Se lá na frente surgirem novas oportunidades de alocações de capital mais eficiente, talvez a Rede D’Or possa vender essas ações e voltar a fazer fusões e aquisições (M&A) e aumentar sua alavancagem.”
Itaú BBA anuncia cobertura de Rede D’Or
Sem entrar no detalhe da recompra das ações, o Itaú BBA anunciou nesta quarta-feira (12) o início da cobertura da Rede D’Or. “Acreditamos que a RDOR está bem posicionada para dominar o segmento de renda média a alta do setor de saúde”, escrevem Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amancio, analistas do banco.
“Nossas projeções foram revisadas, com perspectivas de margem melhoradas na SulAmérica levando a uma revisão para cima de 13% e 11% no lucro líquido em 2024 e 2025, respectivamente”, resumem os analistas. Segundo eles, a operadora se destaca em relação aos concorrentes, tendo em vista a sua forte posição no setor.
Esses fatores, segundo a análise do BBA, fazem a Rede D’Or se destacar, além de pesar à favor das ações da companhia. A recomendação dos analistas para os papéis é de compra, com preço-alvo a R$39 — valorização de aproximadamente 43% frente ao último fechamento (R$ 27,08).
RDOR3: comprar, manter ou vender?
E não é apenas o BBA que mantém uma recomendação “outperform” para os papéis da Rede D’Or. Após o balanço financeiro do primeiro trimestre de 2024, o BB Investimentos e a Genial apontaram resultados fortes e reiteraram a recomendação de compra para RDOR3.
No caso do Banco do Brasil, o preço-alvo é de R$ 34,00 para o final de 2024. “Baseada na apresentação de resultados operacionais consistentes, com perspectivas positivas, validada capacidade de crescimento inorgânico na integração de aquisições e sua posição de liderança de mercado no setor hospitalar privado, com ampla infraestrutura e em constante expansão”, escreve o analista William Bertan.
Enquanto isso, a Genial Investimentos escreveu que está cada vez mais positiva com as perspectivas para a tese de Rede D’Or. “Acreditamos que o fundo do poço para o setor de saúde já tenha passado e a companhia está bem posicionada para colher os frutos da melhora setorial dos próximos trimestres”, dizem os analistas da casa, que tem um preço-alvo de R$ 45 para as ações da operadora.
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O BTG Pactual, por sua vez, reiterou a sua recomendação de compra depois que a Rede D’Or depois da sua atualização anual de seu plano de crescimento orgânico. “A RDOR quer ser menos dependente de demandas específicas relacionadas a esses projetos, enquanto chama mais atenção para a perspectiva geral. A mensagem principal é: alguns projetos foram adiados, mas o plano de crescimento é amplamente o mesmo”, dizem os analistas. Na ocasião, o banco reiterou a recomendação de compra a R$ 40.