

O custo do aluguel no Brasil registrou um alívio para os inquilinos com a queda do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Em março, o indicador apresentou uma deflação de 0,34%, reduzindo a pressão sobre os reajustes contratuais. Esse movimento ocorre após uma alta de 1,06% em fevereiro, sinalizando uma tendência de desaceleração nos aumentos.
Conforme Agência Brasil, o IGP-M, amplamente utilizado como referência para a correção dos aluguéis e tarifas públicas, acumula uma variação de 8,58% nos últimos 12 meses. A principal razão para essa deflação foi a desvalorização do minério de ferro no mercado internacional, impactado por tensões comerciais, especialmente entre os Estados Unidos e outras economias globais.
Influências e impactos no mercado imobiliário
A redução no custo do minério de ferro afetou diretamente o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que teve retração de 0,73% no mês. Dentro desse indicador, o minério de ferro apresentou queda expressiva de 3,64%, contribuindo para o recuo geral do IGP-M.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou um avanço de 0,80%, embora tenha mostrado desaceleração em relação ao mês anterior. O aumento foi impulsionado pelo fim do reajuste das mensalidades escolares e pela redução no preço das passagens aéreas.
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Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,38%, mas em ritmo mais moderado do que em fevereiro, refletindo um ajuste nos custos da mão de obra do setor de construção.
Expectativa para os próximos meses
Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), indicam um cenário de alívio para locatários que enfrentam sucessivos aumentos nos últimos anos. Especialistas avaliam que, se a tendência de desaceleração do IGP-M persistir, novos reajustes de aluguel poderão ser mais brandos, beneficiando milhões de brasileiros que dependem da locação de imóveis para moradia.
Com cerca de 20% da população brasileira vivendo em imóveis de aluguéis, as oscilações no IGP-M impactam diretamente o orçamento das famílias, tornando a redução do índice um fator relevante para o planejamento financeiro dos inquilinos.
Colaborou: Gabrielly Bento.