O ano de 2024 foi marcado por desafios significativos para o setor olivícola brasileiro. As fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, impactaram diretamente a produção e elevaram os preços do produto no mercado interno.
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A alta dos preços do azeite durante este ano foi impulsionada pela escassez do produto no mercado internacional, causada pela seca na Europa. O Brasil, que depende majoritariamente das importações para atender à demanda interna, viu os custos com a compra do produto dispararem.
Conforme nota da Forbes, em 2023, o país importou 80,3 mil toneladas de azeite por US$ 590,2 milhões. Em 2024, até novembro, foram importadas 73,3 mil toneladas, mas por um valor total de US$ 741,9 milhões.
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No entanto, há um raio de esperança no horizonte: a expectativa é de que os preços do azeite comecem a cair em 2025, graças à recuperação da produção europeia e à maior oferta global.
Segundo Renato Fernandes, presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), a resiliência do setor foi crucial para enfrentar as adversidades.
“Apesar dos desafios, conseguimos avançar e conquistar o reconhecimento internacional da qualidade do nosso azeite”, afirma Fernandes à Forbes.
A expectativa é de que a recuperação da produção europeia, com um aumento estimado de 23% na produção global de azeite, leve a uma maior oferta e, consequentemente, à queda dos preços. Estima-se que o preço do azeite no varejo possa cair em média 20% já no início de 2025, com valores entre R$ 60 e R$ 80 o litro.
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Apesar das perspectivas positivas em relação ao seu preço, o setor ainda enfrenta desafios. A produção brasileira de azeite, embora em crescimento, ainda é insuficiente para atender à demanda interna. A expansão da área cultivada é fundamental para garantir a autossuficiência e reduzir a dependência das importações.
Colaborou: Renata Duque.