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O mês de outubro foi marcado por uma forte turbulência no mercado de fundos imobiliários (FIIs), com o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) registrando a pior performance de sua história. A alta da taxa Selic, as incertezas políticas e a volatilidade dos mercados internacionais foram os principais fatores que levaram os investidores a buscar ativos mais conservadores, como os títulos do Tesouro Direto.
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Conforme afirma esta reportagem do E-Investidor, além dos fatores domésticos, o mercado brasileiro de FIIs também sofreu impacto das incertezas no cenário internacional, com os investidores reagindo aos estímulos econômicos da China, ao acirramento eleitoral nos Estados Unidos e ao agravamento de conflitos no Oriente Médio. Esse ambiente global volátil influencia o preço das commodities e do dólar, trazendo efeitos indiretos sobre o mercado nacional.
Diante desse cenário desafiador, o BTG Pactual, um dos principais bancos de investimento do país, decidiu realizar ajustes em sua carteira recomendada de FIIs. A instituição excluiu os fundos HGLG11 e RBRP11 da lista, optando por aumentar a exposição em fundos de crédito e logísticos.
Entre os destaques estão fundos que exploram empreendimentos logísticos, como o BTLG11, que recentemente adquiriu um galpão AAA em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo. A estrutura desse investimento, segundo a EQI Research, favorece a rentabilidade no curto prazo, embora dependa da trajetória do IPCA.
As expectativas para o mês de novembro são de cautela, com os investidores atentos às decisões de política monetária do Banco Central e do Federal Reserve. A previsão é de que a Selic seja elevada mais uma vez, o que pode continuar pressionando os FIIs.
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Diante desse cenário, a EQI Research adota uma postura conservadora para a alocação em FIIs. “Com a trajetória ascendente dos juros futuros e o ambiente fiscal desafiador, nossa estratégia segue uma alocação majoritária em fundos de papel e visa capturar um carrego mais robusto e, ao mesmo tempo, preservar o portfólio contra as oscilações que impactam mais fortemente os FIIs de tijolo”, explicou a equipe.
A diversificação entre ativos indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) continua sendo recomendada como forma de equilibrar a carteira e ajustar as observações às variações do cenário macroeconômico e das taxas de juros de longo prazo.
O mercado de FIIs enfrenta um momento desafiador, com a alta da Selic e as incertezas do cenário econômico pressionando os preços dos ativos. Sendo assim, os investidores devem estar preparados para uma maior volatilidade e buscar o auxílio de profissionais especializados para tomar as melhores decisões.
Colaborou: Gabrielly Bento.
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