A expressão “classe média” é frequentemente usada em conversas cotidianas, discursos políticos e análises econômicas — mas o que realmente significa pertencer a essa categoria no Brasil? Porém, antes de entender quem é classificado como classe média, vamos entender mais sobre o conceito: classe social.
Conforme matéria do E-Investidor, a classe social é uma forma de categorizar os indivíduos dentro de uma sociedade com base em critérios como renda, escolaridade, ocupação, patrimônio e acesso a bens e serviços.
Em outras palavras, é uma maneira de entender as diferenças econômicas e sociais entre os grupos que compõem uma população. No Brasil, as classes sociais costumam ser divididas em cinco grandes faixas:
Classe baixa: pessoas com pouca ou nenhuma renda, geralmente em situação de pobreza ou vulnerabilidade social;
Classe média baixa: indivíduos com alguma estabilidade, mas ainda com acesso limitado a serviços privados e consumo restrito;
Classe média: quem tem renda suficiente para cobrir as necessidades básicas e consumir bens e serviços não essenciais;
Classe média alta: pessoas com padrão de vida mais elevado, maior escolaridade e acesso facilitado a crédito e investimentos;
Classe alta: grupo com maior concentração de renda, patrimônio significativo e acesso amplo a bens, serviços e poder de decisão.
Onde você mora faz diferença na sua classe social?
Sim, a localização geográfica tem um peso enorme na definição de classe social no Brasil. Um levantamento, com base nos dados do Imposto de Renda, mostra que a concentração de riqueza varia muito entre cidades e até entre bairros de uma mesma capital.
Mas, afinal, o que define a classe média brasileira?
Em linhas gerais, a classe média é caracterizada por um padrão de vida estável, com acesso a bens e serviços que vão além das necessidades básicas. Moradia própria, plano de saúde, educação particular e viagens ocasionais são alguns dos elementos que compõem o estilo de vida desse grupo.
No entanto, essa estabilidade é sensível a fatores econômicos, como inflação, desemprego e aumento da carga tributária.
De acordo com o blog Bora Investir do B3, indivíduos dessa faixa conseguem consumir, poupar e até investir, mas muitas vezes vivem no limite do orçamento. Isso significa que emergências financeiras, como uma doença na família, perda do emprego ou alta dos preços. Podem comprometer rapidamente o padrão de vida.
Quem faz parte da classe média no Brasil?
Veja abaixo um panorama das classes sociais baseadas na renda familiar mensal, segundo dados do IBGE:
Classe (D/E): renda mensal familiar até R$ 3,5 mil (cerca de 49,4% da população);
Classe média baixa (C): renda mensal familiar entre R$ 3,5 mil e R$ 8,3 mil (cerca de 31,2% da população);
Classe média alta (B): renda mensal familiar entre R$ 8,3 mil e R$ 26 mil (cerca de 15% da população);
Classe alta (A): renda mensal familiar acima de R$ 26 mil (cerca de 4% da população).
Ainda assim, esses números podem mudar dependendo do estado ou cidade onde a pessoa vive, já que o custo de vida em grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro é mais alto do que em regiões do interior ou do norte e nordeste.
Por que entender sobre classe social é importante?
Entender como a classe social é definida no Brasil vai além dos números: envolve a combinação entre renda, contexto regional e acesso a serviços básicos.