É fundamental adotar medidas que contribuam para o uso consciente. Imagem: Adobe Stock.
A partir deste mês, os brasileiros sentirão um aumento direto na fatura da conta de luz. Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o nível mais elevado de seu sistema de sinalização tarifária para agosto: a bandeira vermelha patamar 2.
De acordo com o informe divulgado pelo Governo Federal, a medida indica que o custo de geração de energia subiu significativamente, principalmente devido às condições climáticas desfavoráveis que afetam a produção nacional.
O impacto será de R$ 6,24 a mais para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, encarecendo o consumo mensal em milhões de lares e empresas.
Entenda o modelo de bandeiras de energia
Desde 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi adotado para alertar a população sobre os custos reais da produção de energia elétrica. Por meio de quatro sinais, verde, amarelo, vermelho patamar 1 e vermelho patamar 2, a Aneel comunica se o fornecimento está em condições favoráveis ou pressionadas.
Quando há boa disponibilidade de energia hídrica, a bandeira verde prevalece. Já em períodos de escassez, como o atual, o país precisa acionar fontes mais caras e poluentes, como as termelétricas, o que eleva os custos e acarreta a adoção das bandeiras mais altas.
Reservatórios baixos e dependência das termelétricas
O cenário crítico é resultado direto da falta de chuvas em regiões responsáveis pelo abastecimento de reservatórios estratégicos. Com os níveis das hidrelétricas abaixo do ideal, o país depende cada vez mais da geração por usinas térmicas, que utilizam combustíveis fósseis e apresentam custo elevado de operação.
Essa mudança de matriz energética temporária pressiona não apenas o bolso do consumidor, mas também o meio ambiente, pela maior emissão de gases poluentes.
Diferenças entre os níveis da bandeira vermelha
A bandeira vermelha, quando acionada, é dividida em dois patamares, com valores de acréscimo distintos. No patamar 1, o aumento é mais moderado, enquanto o patamar 2 representa o cenário mais crítico, com cobrança adicional de R$ 6,24 por 100 kWh. Esse valor se soma à tarifa padrão, elevando significativamente o custo da conta.
Ajustes simples no cotidiano podem trazer resultados expressivos:
Utilizar eletrodomésticos em horários de menor demanda,
Aproveitar a luz natural, reduzir o tempo no banho elétrico e
Desligar aparelhos em stand-by.
Além de economizar na conta de luz, essas práticas ajudam a reduzir a pressão sobre o sistema elétrico nacional.
Mais do que um aumento tarifário, a bandeira vermelha patamar 2 é um sinal de alerta para o uso responsável da energia. A proposta do sistema é incentivar mudanças de comportamento e promover maior consciência sobre a realidade da geração elétrica no Brasil.