Comandando uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, Mark Zuckerberg tem adotado decisões que moldam não só os rumos da Meta, mas também os caminhos do mercado digital global. De mudanças na publicidade à aposta em novos ambientes virtuais, o fundador da empresa se mantém no centro de transformações radicais, e altamente lucrativas.
Segundo levantamento da Forbes, essas movimentações estratégicas ajudaram a sustentar o império bilionário da Meta, que faturou mais de US$ 160 bilhões, cerca de R$800 bilhões, em publicidade em 2024, mantendo a liderança entre as plataformas digitais mais rentáveis do mundo.
A seguir, veja cinco decisões que marcaram os últimos anos da Meta e ajudaram a consolidar a posição de Zuckerberg como um dos empresários mais influentes do planeta:
1. Inteligência artificial no lugar das agências de publicidade (2025)
Zuckerberg anunciou que a IA da Meta poderá assumir o trabalho de agências de publicidade, permitindo que empresas criem campanhas automatizadas, sem precisar definir público-alvo ou produzir conteúdo. Bastará indicar um objetivo e um orçamento. A proposta promete revolucionar a lógica da publicidade digital — e acirrar o debate sobre o papel das agências no ecossistema.
2. Fim da checagem de fatos por terceiros (2025)
Outra decisão polêmica foi o encerramento dos contratos com verificadores independentes nas plataformas da Meta, como Facebook e Instagram. No lugar, a empresa adotou o sistema de Notas da Comunidade, autorizando os usuários a fazerem sinalizações de informações enganosas. A medida reabriu discussões sobre moderação de conteúdo e liberdade de expressão.
3. Aposta no metaverso como novo espaço de mídia (2021–2022)
Após renomear a empresa como Meta, Zuckerberg sinalizou o início de um novo ciclo: o da publicidade imersiva no metaverso. A estratégia envolveu investimentos pesados em realidade virtual e experiências interativas, abrindo caminho para marcas inserirem seus produtos em ambientes digitais tridimensionais.
4. Reformulação na segmentação de anúncios (2019)
Com o impacto do escândalo da Cambridge Analytica, a Meta precisou rever sua política de uso de dados. A empresa limitou o acesso a informações sensíveis dos usuários e fez ajustes nos sistemas de segmentação publicitária, afetando diretamente as estratégias de anunciantes e abrindo espaço para novos formatos de engajamento.
5. Redução do alcance orgânico de marcas (2018)
Ao priorizar conteúdos de amigos e familiares no feed do Facebook, a Meta diminuiu o alcance orgânico de páginas comerciais. A mudança forçou empresas a investir mais em anúncios pagos, redefinindo o modelo de presença digital de marcas nas redes sociais.
Essas decisões mostram que, apesar das críticas e controvérsias, Mark Zuckerberg continua adaptando o modelo de negócios da Meta para preservar sua posição de liderança em um setor em constante transformação.