Em novembro de 1992, a rotina de Eric Lawes, um morador de Suffolk, na Inglaterra, mudou de uma hora para outra. Enquanto ajudava um amigo a encontrar um martelo perdido em uma propriedade, Lawes, com um detector de metais, fez uma descoberta que o transformaria em um dos nomes mais conhecidos entre os caçadores de tesouros da Grã-Bretanha.
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O que começou como uma busca simples terminou com a descoberta do maior tesouro romano já encontrado no Reino Unido. O detector de metais, em vez de indicar a presença do martelo, desenterrou um baú repleto de moedas de ouro e prata, joias e objetos de valor incalculável, datados do século IV e V d.C.
De acordo com o portal TN, após a descoberta, ele notificou as autoridades imediatamente. A escavação realizada no local revelou 15.234 moedas, além de cerca de 150 peças entre joias e objetos diversos. Entre os itens estavam colares, anéis e uma pulseira com uma inscrição dedicada à “Senhora Juliana”, que davam pistas sobre as crenças e os costumes da época.
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O tesouro, estimado em 10 milhões de libras (cerca de 72 milhões de reais), foi identificado como pertencente ao período do final do Império Romano na Grã-Bretanha, datando entre os séculos IV e V. Especialistas acreditam que os objetos foram escondidos por uma família rica durante um período de instabilidade na região, mas os motivos para o abandono permanecem desconhecidos.
Após avaliação, Lawes foi recompensado com 1,75 milhão de libras pelo Comitê de Avaliação de Achados de Tesouro, uma quantia que dividiu com o amigo que havia perdido o martelo.
Hoje, o tesouro está em exibição no Museu Britânico, sendo uma das coleções mais valiosas e bem preservadas do período romano. Eric Lawes faleceu em 2015.
Colaborou: Gabrielly Bento.