Atualmente, muitas pessoas contam com uma iluminação modernizada, como as lâmpadas LED. Imagem: Adobe Stock.
A ideia de adiantar os relógios em uma hora para aproveitar melhor a luz natural nos meses mais longos já fez parte da rotina dos brasileiros. O horário de verão foi usado por décadas com a ideia de reduzir o consumo de energia elétrica, especialmente no horário de pico à noite.
No entanto, uma das grandes questões sobre o tema é: se o horário de verão voltasse hoje, essa medida ainda seria eficaz para reduzir a conta de luz? Veja o que diz o informativo do Ministério de Minas e Energia (MME).
O fim da economia com base na luz solar
O motivo central para o fim do horário de verão foi a transformação no padrão de consumo da população. No passado, o pico de demanda acontecia à noite, com o uso intenso de iluminação.
Hoje, o maior uso de energia ocorre à tarde, às 15h, por conta do ar-condicionado e outros equipamentos de refrigeração. Com isso, a proposta original da política perdeu força.
Mas, afinal, o horário de verão economizaria a conta de luz atualmente?
A modernização da iluminação, com a popularização das lâmpadas LED, reduziu o peso da luz elétrica no consumo total. Em contrapartida, os aparelhos de climatização ganharam protagonismo, principalmente nas regiões mais quentes. Como o horário de verão não atua diretamente nesse novo pico de consumo, seu efeito prático na economia de energia se tornou limitado.
O que dizem os estudos mais recentes
Levantamentos feitos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que, embora o horário de verão não reduza mais o consumo total, ele ainda ajuda a aliviar o sistema em horários críticos, especialmente no começo da noite.
Por isso, novas metodologias passaram a considerar variáveis como temperatura, não apenas economia direta de energia.
Por que a política foi descontinuada?
A avaliação técnica do governo federal indicou que o impacto da medida havia se tornado indiferente para o sistema elétrico nacional. Como os benefícios deixaram de justificar sua aplicação, e a opinião pública estava dividida, o governo optou por encerrar a política em 2019.
A mudança no padrão de consumo tornou o horário de verão um pouco obsoleto. Por isso, atualmente, outros tipos de soluções são discutidos para lidar com os picos de demanda elétrica.