Inflação: o que é, como funciona e como afeta seu bolso. Foto: Adobe Stock
A inflação pode até parecer um conceito distante, reservado aos noticiários ou aos especialistas em economia, mas, na prática, ela conversa diariamente com o seu orçamento. Seja no supermercado, na bomba de combustível ou no valor das prestações, os efeitos da inflação estão presentes e afetam as decisões de consumo de milhões de pessoas.
De acordo com o Banco Central, a inflação é o aumento contínuo e generalizado dos preços de produtos e serviços, o que acaba reduzindo o poder de compra da população. Esse fenômeno pode parecer abstrato, mas é ele quem explica por que você compra menos com a mesma quantia de dinheiro ao longo do tempo.
O que é inflação e como ela impacta o consumo?
O aumento dos preços no Brasil é medido principalmente pelo IPCA, índice que acompanha a variação dos custos mais relevantes para o consumidor. A inflação pode ser causada por diferentes fatores, como aumento da demanda, custos mais altos de produção ou até mesmo oscilações no mercado internacional.
Na prática, isso explica por que produtos como alimentos, combustíveis e vestuário ficam mais caros com o tempo. Essa elevação dos preços obriga as famílias a reverem seus hábitos de consumo, reduzirem gastos e priorizarem o essencial para equilibrar o orçamento.
Inflação e estabilidade econômica
Segundo o Banco Central, o controle da inflação é essencial para o bom funcionamento da economia. A instituição trabalha para manter os preços estáveis, pois isso ajuda consumidores e empresas a planejarem melhor suas decisões financeiras.
Curiosamente, a queda excessiva dos preços, chamada deflação, também pode prejudicar a economia. Quando os preços caem demais, empresas e consumidores tendem a adiar compras e investimentos, o que pode desacelerar o crescimento econômico.
Como a inflação afeta o crédito e os investimentos?
Quando a inflação sobe, o Banco Central costuma aumentar a taxa Selic para tentar conter o aumento descontrolado dos preços. Com a Selic mais alta, empréstimos, financiamentos e parcelamentos ficam mais caros, o que dificulta o acesso ao crédito e reduz o consumo.
Além disso, a inflação afeta os investimentos, especialmente os de renda fixa. Quando os preços sobem, a rentabilidade real pode ser corroída, ou seja, o rendimento obtido pode não ser suficiente para preservar o poder de compra. Por isso, investimentos atrelados ao IPCA, como o Tesouro IPCA+, tornam-se alternativas interessantes para quem busca proteger seu patrimônio.
Como se proteger da inflação?
Para se proteger da inflação, é essencial buscar investimentos que acompanhem ou superem a alta dos preços. Títulos públicos como o Tesouro IPCA+, CDBs indexados ao IPCA e fundos de investimento atrelados à inflação são boas alternativas para preservar o poder de compra no longo prazo.
Diversificar seus investimentos, inclusive com aplicações no exterior, também pode ser uma estratégia interessante para proteger seu patrimônio.
A inflação pode parecer um conceito distante, mas ela está presente em cada decisão financeira que você toma. Conhecê-la é o primeiro passo para manter seu dinheiro seguro em qualquer cenário.