O Brasil começa a enfrentar dias quentes, tornando o ar-condicionado um aliado indispensável. No entanto, com o conforto, vem também o impacto: a alta na conta de energia elétrica. Diante desse cenário, o desafio é claro: como utilizar o aparelho de forma eficiente e minimizar os custos?
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De acordo com o E-Investidor, em 2023, dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que os preços do ar-condicionado subiram 6,09% no Brasil em outubro. Sendo a maior inflação do produto em três anos, desde outubro de 2020 quando chegou a 10,54%. Em setembro, os preços avançaram 1,43%.
Para ajudar os consumidores, especialistas em educação financeira compartilharam dicas práticas para melhorar o uso do ar-condicionado e reduzir gastos.
1. Controle térmico consciente
Ajustar o termostato entre 24°C e 26°C é uma das formas mais simples de economizar. “Cada grau a menos no termostato, pode aumentar o consumo de energia em até 5%”, afirma a educadora financeira Luciana Ikedo e autora do livro “Vida Financeira – Descomplicando, Economizando e Investindo”.
2. Invista em isolamento térmico
Outra dica é deixar portas e janelas bem vedadas para criar um ambiente mais isolado, desta forma o ar-condicionado precisará “trabalhar menos” para manter a temperatura desejada. Essa estratégia alivia o esforço do aparelho, gerando economia no longo prazo.
3. Compensação do consumo com outras economias
Cintia Senna, mestre em educação financeira, sugere ajustes em outros hábitos para compensar o aumento no consumo de energia:
- Celulares: tente manter os aparelhos o máximo de tempo possível com a bateria carregada e opte por deixar no modo avião ou no menor consumo de bateria quando não estiver utilizando, assim precisará carregar com menos frequência.
- Chuveiro: opte pela posição no modo verão. Quanto menor seja a temperatura dele, o consumo de energia será inferior. Opte por banhos mais rápidos.
- Ambientes iluminados: fique atento aos aparelhos que ficam na tomada sem uso, muitos deles estão consumindo energia.
4. Use simuladores de consumo
Plataformas como a da Enel permitem simular o impacto de cada aparelho na conta de luz, ajudando a identificar onde cortar ou ajustar o uso. Desta forma, é possível simular a quantidade consumida por cada item e como a redução de uso poderia impactar no seu bolso e a partir disso identificar se essa escolha financeira valeria a pena ou não.
5. Mantenha o ar-condicionado limpo
A manutenção regular do aparelho evita desperdícios de energia. Filtros sujos forçam o equipamento a trabalhar mais, elevando o consumo e encurtando a vida útil do dispositivo.
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“Lembre-se de não utilizar qualquer substância química quando for higienizar os equipamentos, pois ela pode prejudicar o funcionamento. Outro fator importante é a higienização periódica dos filtros do ar-condicionado para que impurezas sejam expelidas no ambiente”, reforça Takao Matsumura, gerente de engenharia da Fujitsu General do Brasil, em exclusiva ao E-Investidor.
6. Programa de uso
Funções como o timer permite desligar o ar-condicionado automaticamente, evitando o uso desnecessário e economizando energia.
7. Explore alternativas como ventilação natural
Intercalar o uso do ar-condicionado com ventiladores ou desfrutar da ventilação natural em horários mais frescos pode trazer economia e ajudar o meio ambiente. “Desligar o ar-condicionado, abrir as janelas, não apenas reduz o consumo de energia, mas também proporciona uma alternativa sustentável”, comenta Luciana Ikedo.
8. Transforme em aprendizado familiar
A redução do consumo também pode ser uma oportunidade de educação financeira. Envolver as crianças no processo, mostrando as contas e associando economias a metas, como realizar sonhos, pode criar hábitos sustentáveis desde cedo.
9. Considere fontes alternativas de energia
Placas solares fotovoltaicas são uma solução para quem busca reduzir a dependência de energia da rede elétrica e garantir mais economia a longo prazo.
O ar-condicionado é, sem dúvida, um grande aliado em tempos de calor, mas seu uso exige planejamento e consciência. Porém, com pequenas mudanças e ajustes, é possível enfrentar as altas temperaturas sem comprometer a saúde financeira.
Colaborou: Gabrielly Bento.