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Nem alimentação, nem lazer: esta é a maior despesa de uma família

Pesquisa revela que os mais pobres dedicam uma fatia maior do orçamento para cobrir necessidades básicas

Nem alimentação, nem lazer: esta é a maior despesa de uma família
Nem alimentação, nem lazer: esta é a maior despesa de uma família Foto: Adobe Stock

Uma análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, revelou que a habitação é a principal despesa das famílias brasileiras, ultrapassando até alimentação, lazer e outros itens essenciais.

O levantamento aponta que a moradia consome cerca de 39,2% do orçamento das famílias de menor renda, enquanto a alimentação representa 22% — juntas, essas despesas financeiras são 61,2% da renda das famílias com ganhos mensais de até dois salários mínimos.

Para uma população de baixa renda, que enfrenta um cenário de inflação elevada e um mercado de trabalho instável, o orçamento doméstico apertado exige ajustes constantes. Segundo o IBGE, nos lares onde a renda ultrapassa 25 salários mínimos, o cenário muda: essas despesas caem para 30,2%, sinalizando que, quanto maior o rendimento, menor a proporção destinada às necessidades básicas.

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Outro ponto de destaque do estudo é a diferença nas despesas entre áreas urbanas e rurais. Nas zonas rurais, onde o custo de vida e os hábitos de consumo variam das cidades, a alimentação e o transporte somam 23,8% da renda, em comparação com 16,9% nos centros urbanos.

No entanto, quando se trata de educação, as áreas urbanas registam um gasto de 4,9% — o dobro do percentual das áreas rurais, que somam 2,3%. Essa diferença pode ser explicada pelo maior acesso a escolas e universidades privadas nas cidades, além de uma demanda mais forte por qualificação no mercado urbano.

O levantamento também indica um aumento significativo no gasto com alimentação fora de casa. Nas áreas urbanas, esse tipo de despesa representa 33,9% do total destinado à alimentação, enquanto nas áreas rurais o índice é de 24%.

A variação reflete as mudanças nos hábitos das famílias brasileiras, que, em 2002-2003, ainda gastavam muito menos em restaurantes e lanchonetes. Essa alteração está associada ao estilo de vida mais acelerado das cidades e à busca crescente pela praticidade.

Como fazer o dinheiro sobrar no final do mês? Confira 5 dicas

Diante desse cenário, as famílias brasileiras precisam buscar estratégias para economizar e otimizar seus gastos. Confira algumas dicas para te ajudar a economizar:

  1. Planejamento de compras: Antes de ir ao supermercado, faça uma lista dos itens essenciais e compare preços entre lojas. Evite compras impulsivas e busque produtos em promoção ou de marcas mais econômicas.
  2. Redução do consumo de energia e água: Pequenas mudanças, como desligar aparelhos em stand-by, usar lâmpadas econômicas e reduzir o tempo de banho, podem impactar significativamente a conta de luz e água.
  3. Estabeleça metas e controle financeiro: Utilize aplicativos de controle financeiro para monitorar gastos e estabelecer metas de economia mensal. Isso ajuda a ter uma visão clara de onde o dinheiro está sendo investido e evita despesas desnecessárias.
  4. Refeições caseiras: Preparar alimentos em casa é geralmente mais econômico e saudável. Tente planejar as refeições da semana e cozinhar em maior quantidade, congelando porções para os próximos dias. Isso reduz o gasto com alimentação fora e evita desperdício.
  5. Use transporte público ou alternativas de mobilidade: Sempre que possível, priorize o uso de transporte público ou outras alternativas, como bicicletas ou caronas compartilhadas, para economizar no custo com combustível e estacionamento. Esse esforço constante garantirá que você tenha uma reserva financeira, proporcionando segurança e permitindo que você realize suas metas e cubra suas despesas.

Colaborou: Gabrielly Bento.