Apesar dos desafios econômicos, o custo de vida no Brasil é relativamente mais acessível. Imagem: Adobe Stock.
A imagem do Brasil como terra de beleza natural e diversidade cultural ainda encanta quem vê de fora. No entanto, para a maioria dos brasileiros, o cotidiano revela um país de contrastes sociais e econômicos profundos. A ideia de prosperidade, nesse contexto, envolve não apenas ganhos financeiros, mas também acesso a oportunidades, estabilidade e qualidade de vida.
De acordo com a Forbes, os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que a renda líquida anual média disponível por pessoa no Brasil é de R$ 77,5 mil.
Mesmo assim, esse valor está distante da realidade de milhões de trabalhadores que vivem com o salário mínimo, fixado em R$ 1.518 desde janeiro de 2025. A diferença entre esses extremos evidencia a desigualdade de acesso ao padrão médio de consumo.
Acúmulo de bens ainda é privilégio
Para além da renda mensal, o patrimônio médio das famílias brasileiras, incluindo imóveis, poupança, investimentos e outros ativos, gira em torno de R$ 570,5 mil.
Embora pareça um número expressivo, ele também está longe das médias de países mais desenvolvidos, o que reforça a concentração de riqueza e o desafio de construir segurança financeira ao longo da vida.
Viver com menos custa menos?
Em comparação internacional, o custo de vida no Brasil é menor. Gastos com moradia, por exemplo, chegam a ser 75% inferiores ao do Reino Unido e mais de 120% abaixo dos níveis dos Estados Unidos. No entanto, essa vantagem se esvanece quando se considera o poder de compra real dos brasileiros com rendimentos baixos.
Mas afinal, o que significa ser rico no Brasil em 2025?
De acordo com a plataforma Statista, os 10% mais ricos do país ganham, em média, R$ 8.200 por mês, valor que representa mais de 12 vezes a renda dos 50% mais pobres.
Entretando, ser considerado rico no país vai muito além dos números que mostram renda ou patrimônio. A prosperidade brasileira, em meio a desigualdades, envolve desde a capacidade de manter um padrão de vida confortável até a segurança de planejar o futuro. Para muitos, riqueza não está apenas no acúmulo de bens, mas também no acesso a oportunidades, no poder de compra real e nas relações de confiança que sustentam a vida cotidiana.