

Empresas de tecnologia como Amazon (AMZO34), Uber (U1BE34), Apple (AAPL34) e Meta estão apostando em stablecoins, criptomoedas lastreadas em ativos como o dólar, para modernizar suas operações financeiras globais.
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Empresas de tecnologia como Amazon (AMZO34), Uber (U1BE34), Apple (AAPL34) e Meta estão apostando em stablecoins, criptomoedas lastreadas em ativos como o dólar, para modernizar suas operações financeiras globais.
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Stablecoins são um tipo de criptomoeda projetada para manter um valor estável, geralmente atrelado a ativos tradicionais como o dólar americano, o euro ou até ouro. Diferente de criptomoedas voláteis como o Bitcoin e o Ethereum — cujos preços podem oscilar drasticamente em curtos períodos —, as stablecoins buscam oferecer previsibilidade e segurança de valor. Na prática, uma stablecoin funciona como um “dólar digital”.
Esse modelo permite transações financeiras mais rápidas, baratas e acessíveis globalmente, sem depender dos sistemas bancários tradicionais.
A adoção desse tipo de tecnologia, que até pouco tempo era vista com ceticismo por grandes corporações, ganha agora tração diante de mudanças no ambiente regulatório dos Estados Unidos e do avanço das soluções de pagamentos digitais.
Em junho, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, anunciou que a empresa estuda formas de utilizar stablecoins para transferências internacionais. A Amazon também estaria explorando o uso desses ativos digitais, tanto para facilitar pagamentos quanto para melhorar sua gestão financeira em diferentes países.
Segundo reportagem da Fortune, uma das principais motivações das big techs é reduzir os custos com transações internacionais e otimizar a gestão global de tesouraria.
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Em 2024, as vendas internacionais representaram 22% do faturamento da Amazon, totalizando quase US$ 143 bilhões — valores sujeitos a riscos cambiais e oscilações de mercado. Ao utilizar stablecoins, essas empresas poderiam transferir grandes quantias entre países quase instantaneamente, sem depender de intermediários bancários tradicionais.
“As stablecoins podem melhorar drasticamente a eficiência do capital”, afirmou Nick van Eck, CEO da startup Agora, em entrevista à Fortune. “Agora é possível mover US$ 100 milhões de um país para outro em um segundo, em vez de esperar dias.”, concluiu Eck.
A Stripe, gigante de pagamentos on-line, já adquiriu a Bridge — startup de stablecoins — por US$ 1,1 bilhão. A PayPal lançou sua própria stablecoin. Mastercard, Robinhood, Amazon e outras também estão se envolvendo em projetos que exploram as vantagens dessas moedas digitais, especialmente para pagamentos e repatriação de recursos.
Apesar do entusiasmo corporativo, analistas ouvidos pela Fortune são mais cautelosos em relação à adoção massiva por parte dos consumidores. “Por que alguém nos EUA pagaria com stablecoins se os cartões de crédito já funcionam bem?”, questiona Thomas Forte, analista da Maxim Group.
A aposta maior, por enquanto, parece estar em países com moedas instáveis como Argentina e Nigéria, onde as stablecoins oferecem proteção contra a inflação e maior agilidade em transações internacionais.
Colaboração: Renata Duque.
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