Para quem recebe um salário mínimo, os gastos com um pet representam quase 30% . Imagem: Adobe Stock.
Ter um animal de estimação é sinônimo de carinho e companhia, mas também representa um compromisso financeiro constante. Para quem está aposentado, manter um pet pode ser mais desafiador, já que a renda costuma ser limitada e os gastos fixos aumentam com a idade. Planejar é essencial para garantir bem-estar tanto do tutor quanto do animal.
Animais domésticos exigem cuidados regulares, que vão além do carinho e da atenção. Os principais custos mensais incluem:
Alimentação;
Higiene (banho e tosa);
Medicamentos preventivos;
Petiscos.
A isso somam-se vacinas anuais, brinquedos e produtos de uso pessoal. Embora alguns desses itens sejam previsíveis, outros aparecem de forma inesperada, como consultas de emergência.
“Optar por integrar um cachorro a família exige se planejar financeiramente, tendo em vista que é um custo que se terá mensalmente”, alerta Daiane Alves, educadora financeira da Neon, ao E-Investidor.
Quanto custa manter um pet em 2025?
De acordo com dados do E-Investidor, manter um pet em 2025 pode custar cerca de R$ 430 por mês. Esse valor varia conforme o tamanho, idade e condições de saúde do animal. Os principais custos são:
Já para aposentados que recebem o teto do INSS, que gira em torno de R$ 7.786,02 para R$ 8.157,41 em 2025, o impacto é menor, mas ainda exige atenção. O segredo está no controle de gastos e em avaliar se o orçamento comporta essa despesa contínua.
Reserva de emergência
Além dos custos fixos, é indispensável criar uma reserva financeira para emergências veterinárias. Um simples exame ou internação pode ultrapassar os R$ 1.000, comprometendo a renda de um mês inteiro para quem vive com menos. Antecipar esse tipo de gasto é uma forma de manter a segurança financeira.
“Monte um orçamento mensal com 20% de folga e, se possível, tenha uma reserva de emergência que cubra de três a seis meses dos custos fixos com o animalzinho”, afirma Valéria Vanessa Eduardo, professora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera.
“Os gastos com saúde em geral costumam ser os que mais pesam no orçamento, além das eventualidades de saúde no decorrer da vida, conforme o cachorro vai envelhecendo”, completa Daiane Alves.
A aposentadoria não precisa ser sinônimo de abrir mão de ter um pet. Com planejamento, disciplina e reservas para imprevistos, é possível manter essa relação afetiva sem comprometer o equilíbrio das finanças. O importante é conhecer os custos, adaptar o estilo de vida e fazer escolhas conscientes.