Quanto rendem R$ 1 mil no CDB com a Selic a 14,75%
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A elevação da taxa Selic para 14,75% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última quarta-feira (7), reacendeu o interesse por investimentos de renda fixa. No maior patamar desde agosto de 2006, a nova Selic altera o cenário para quem busca proteger o patrimônio da inflação e obter retorno acima da média.
A decisão do Banco Central visa conter a inflação persistente e os efeitos de uma pressão cambial que vem dificultando a recuperação econômica. Na prática, essa mudança impacta diretamente o rendimento de diversas modalidades de investimento, favorecendo especialmente aqueles atrelados ao CDI ou à própria Selic.
Entre os instrumentos que ganham destaque estão os Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Com a taxa elevada, esses papéis se tornaram mais atraentes que a tradicional caderneta de poupança, cujo rendimento segue limitado a 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), resultando em ganhos anuais em torno de 6%. Em um cenário de juros altos, a poupança se mostra cada vez menos competitiva.
Já os CDBs, por serem diretamente afetados pelas variações do CDI — indicador que anda de mãos dadas com a Selic —, oferecem um retorno superior. Atualmente, é possível encontrar CDBs remunerando entre 110% e 120% do CDI, segundo especialistas ouvidos pelo E-Investidor.
Quanto rendem R$ 1 mil no CDB com a Selic a 14,75%?
Com um CDB pagando 116% do CDI, a rentabilidade bruta anual chega a 15,95%. Após o desconto do Imposto de Renda, que pode variar conforme o prazo da aplicação (neste caso, foi considerada a alíquota padrão de R$ 31,90), o ganho líquido é de aproximadamente R$ 127,60 sobre o valor investido.
Descontando a inflação, o ganho real é estimado em cerca de R$ 65,24 — algo que poucos investimentos de baixo risco conseguem oferecer atualmente. O ganho real da poupança, por exemplo, é de R$ 15,55 com a taxa Selic para 14,75% ao ano.