Além das despesas fixas, é essencial considerar os custos inesperados. Imagem: Adobe Stock.
Ter um animal de estimação é uma escolha que traz amor, companhia e alegria ao dia a dia, mas também exige comprometimento financeiro. Para quem vive com o salário mínimo, que em 2025 está fixado em R$ 1.518, surge a dúvida: será que essa quantia é suficiente para arcar com todos os custos de um pet, sem comprometer o orçamento da casa?
Salário mínimo é suficiente para bancar um pet? Descubra
Manter um pet envolve custos mensais previsíveis, como ração, produtos de higiene, consultas de rotina e serviços de banho e tosa, diz o E-Investidor. Além desses, há despesas que não ocorrem com frequência, mas que precisam ser previstas, como vacinas anuais e medicamentos preventivos.
Em média, o custo mensal para cuidar de um animal de estimação gira em torno de R$ 430, o que representa cerca de 28% do salário mínimo.
Veja a tabela com os gastos completos que se pode ter com um pet:
Além das despesas fixas, é essencial considerar os custos inesperados, como emergências veterinárias, exames ou cirurgias. Um atendimento emergencial pode facilmente ultrapassar R$ 1.000, exigindo que o tutor tenha uma reserva financeira disponível para não comprometer o bem-estar do animal nem o equilíbrio do orçamento pessoal.
Organização financeira é indispensável
Para quem ganha um salário mínimo, manter um pet é possível, mas exige planejamento. Especialistas recomendam o uso de planilhas ou aplicativos para acompanhar os gastos com o animal e garantir que eles caibam no orçamento, mas muito, além disso: garantir o conforto deles. “Monte um orçamento mensal com 20% de folga e, se possível, tenha uma reserva de emergência que cubra de três a seis meses dos custos fixos com o animalzinho”, recomenda Valéria Vanessa Eduardo, professora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, ao E-Investidor.
Também é importante incluir uma margem mensal para emergências, especialmente se o animal for idoso ou tiver alguma condição de saúde.
“Os gastos com saúde em geral costumam ser os que mais pesam no orçamento, além das eventualidades de saúde no decorrer da vida, conforme o cachorro vai envelhecendo”, diz Daiane Alves, educadora financeira da Neon.
“A palavra de ordem é organização. Assim como temos reserva para carro ou saúde, o cachorro também precisa de uma. O ideal é começar com um valor que cubra ao menos uma internação simples”, reforça Thaísa Durso, educadora financeira da Rico.
Brinquedos, petiscos e um enxoval completo são mimos que fazem parte do universo pet, mas não são obrigatórios. O tutor pode buscar alternativas mais acessíveis, como brinquedos caseiros e alimentação natural supervisionada por um veterinário, para reduzir custos sem comprometer a qualidade de vida do animal.