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O preço do café, que já vinha subindo desde maio do ano passado, deve continuar em alta nos próximos meses. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o produto pode ficar até 25% mais caro nos supermercados, consolidando-se como um dos vilões da cesta básica.
O aumento no preço do café tem sido maior do que o registrado em outros produtos essenciais, como leite (+18,4%), arroz (+15%) e óleo de soja (+26,6%). Em dezembro, um pacote de café tradicional de 1 kg podia ser comprado por R$ 48,90, mas a expectativa é que esse valor continue subindo.
Os principais fatores para a alta do café incluem condições climáticas adversas, aumento no custo de logística e crescimento da demanda no mercado internacional:
- Seca e calor intenso: as altas temperaturas e a falta de chuvas prejudicaram a produção de café, reduzindo a oferta do produto no mercado;
- Apreciação do dólar: com a moeda norte-americana valorizada em relação ao real, o mercado externo se tornou mais atraente para os produtores brasileiros;
- Aumento dos custos logísticos: as tensões no Oriente Médio elevaram os custos do transporte marítimo, encarecendo as exportações e, consequentemente, o preço interno do produto;
- Maior consumo global: o café é a segunda bebida mais consumida no mundo, ficando atrás apenas da água. Nos últimos anos, novos mercados, como a China, aumentaram significativamente a demanda pelo produto brasileiro.
O preço do café pode baixar?
A previsão é de que o café continue caro ao longo de 2024. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra de 2025 será apenas 4,4% maior do que a anterior, com uma produção de 51,8 milhões de sacas. Isso significa que o alívio para o consumidor pode demorar.
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No entanto, uma melhora pode vir a partir de 2026, caso as condições climáticas se estabilizem. O investimento dos agricultores e da indústria na produção também deve impactar positivamente os preços nos próximos anos.
Enquanto isso, o café segue impactando o orçamento das famílias e pesando ainda mais na cesta básica, que já enfrenta altas expressivas em outros itens essenciais.
Colaborou: Renata Duque.