

Por Daniel Rocha
01/08/2025 | 9:32 Atualização: 01/08/2025 | 17:28

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O dólar hoje fechou em queda de 0,99%, cotado a R$ 5,5456. A moeda iniciou as negociações desta sexta-feira (1º) no campo positivo, mas perdeu fôlego ao longo do pregão. A volatilidade reflete a cautela dos investidores após a economia dos Estados Unidos criar 73 mil empregos em julho, em termos líquidos, segundo relatório publicado hoje pelo Departamento do Trabalho do país. Os números vieram aquém do esperado pelo mercado que projetava um resultado de 101 mil, segundo informações do Broadcast.
“O relatório de hoje, muito abaixo do esperado, aliado às revisões negativas dos últimos dois meses, traz novamente preocupações sobre o crescimento da economia americana”, diz Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
O mercado também ficou atento à agenda tarifária do presidente americano Donald Trump. Ontem à noite, a Casa Branca divulgou uma lista de tarifas recíprocas ajustadas para 69 parceiros comerciais. As alíquotas variam de 10% a 41% e entram em vigor no dia 7 de agosto. Contudo, o Brasil constava com uma tarifa de 10%, alíquota diferente do decreto assinado na quarta-feira (30) que oficializava uma tarifa de 50% para diversos itens brasileiros.
Por aqui, além das tarifas, ficou no radar a possibilidade de a Advocacia-Geral da União (AGU) acionar a justiça dos Estados Unidos para contestar a sanção contra o ministro Alexandre de Moraes que foi imposta pelo governo americano. Na quarta (30), Trump anunciou que Moraes seria punido pela Lei Magnitsky. A legislação é destinada para autoridades de regimes ditatoriais e condenados por tortura e tráfico humano. Entre as penalidades estão a proibição de entrar nos Estados Unidos e o bloqueio de bens e propriedades que estejam localizados no território americano.
A decisão faz parte dos desdobramentos das investidas do republicano contra o Brasil. Vale lembrar que, quando houve o anúncio da tarifa adicional de 40% contra o País, Trump justificou o acréscimo como uma resposta ao tratamento dado pelas instituições brasileiras ao ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no julgamento pela trama golpista, e às decisões do STF contra empresas americanas de tecnologia.
Em julho, o dólar conseguiu se valorizar frente ao real, encerrando o mês com alta acumulada de 3,07 %, o maior desempenho mensal deste ano. A moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,40, registrada no início do mês, e a máxima de R$ 5,60, alcançada no fechamento desta quinta-feira (31). No ano, porém, a moeda norte-americana acumula queda de 9,36%. Veja os detalhes nesta reportagem.
Com informações do Broadcast
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