O rotativo responde por 3% do endividamento das famílias brasileiras, de acordo com dados do Banco Central compilados pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Essa fatia está distante das vistas entre o crédito imobiliário, de 39,6%, e o consignado, de 24,9%.
“Tem uma série de discussões, mas é muito importante a gente contextualizar o papel que o rotativo tem no endividamento”, disse o presidente da Abecs, Giancarlo Greco, em coletiva de imprensa sobre os resultados do setor no terceiro trimestre deste ano. “A representatividade do rotativo no endividamento é muito baixa.
“O rotativo tem sido alvo de uma discussão entre agentes de mercado, que tentam evitar a imposição de um teto de 100% do valor original da dívida para os juros da modalidade. A Abecs participou, ontem, de reunião com o Banco Central (BC) para discutir o tema. O teor da discussão foi revelado pelo Broadcast. Greco tratou ainda da qualidade de crédito no mercado de cartões.
Os dados do BC referentes a setembro mostram que a inadimplência do produto, pelo critério de atrasos acima de 90 dias, estava em 8,3%, marcando uma queda em relação ao pico de 8,8% visto em abril e maio. “A queda na inadimplência precisa ser monitorada com cuidado, mas mostra que estamos caminhando para um outro momento”, afirmou o presidente da Abecs.