Carlos Garcia, sócio-fundador da Itajubá Investimentos. (Foto: Divulgação/Itajubá Investimentos)
Para o sócio-fundador da Itajubá Investimentos, Carlos Garcia, o mercado de ações enfrenta um momento crítico no Brasil, com baixo nível de investimento por parte de fundos. O executivo participou do evento Fronteiras do Investimento, realizado nesta quinta-feira (4), na sede do Nubank em São Paulo.
“As ações são o produto mais adormecido do momento. O percentual de fundos de ações sobre o total da indústria é o menor em cerca de 25 anos”, destacou Garcia.
De acordo com os últimos dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os fundos de ações lideraram as retiradas em julho, com saída líquida de R$ 5 bilhões – o maior volume entre todas as categorias. Com isso, assumiram a posição negativa que até então vinha sendo ocupada pelos multimercados.
Garcia também citou o alto nível de recompra de ações. Um estudo publicado pelo Itaú BBA mostrou que os programas de recompra atingiram um nível histórico em 2024. Ao todo, 126 programas foram abertos no ano passado, o maior número em um único ano desde 2005. A recompra ocorre quando uma empresa decide adquirir de volta suas próprias ações negociadas no mercado, reduzindo o número total de papéis em circulação.
Segundo o sócio-fundador da Itajubá, esses sinais são indícios de que as ações estão subavaliadas no Brasil. “Qualquer mudança no cenário macroeconômico ou até mesmo a retomada do ciclo de cortes de juros pode levar as ações de volta aos tempos áureos”, ressaltou.