Quase um Paraguai: fundos multimercado têm saques bilionários e milhares de FIMs são cancelados

Os fundos multimercados (FIM) estão com um problema existencial: de janeiro de 2022 a março de 2024, essa classe de ativos acumulou saques de R$ 291 bilhões.

Isso é mais ou menos o equivalente ao PIB do Paraguai em 2023, que foi de pouco mais que US$ 45 bilhões, segundo o FMI. Nos últimos 4 anos, nada menos que 3,9 mil FIMs foram encerrados.

Um dos grandes vilões dessa onda – que atingiu de bancões a gestoras menores – foram as baixas performances frente a juros básicos que chegaram a 13,75% em 2022 e que continuam altos.

Outro fator importante foi a otimização de custos e operações para mantê-los em pé, com 10 dos 13 maiores FIMs cancelados sendo incorporados por outros produtos.

Por fim, outro fator importante é a taxação dos fundos exclusivos dos super-ricos: antes tributados apenas no resgate, os fundos de um só cotista agora pagam impostos duas vezes ao ano pelo “come-cotas”.

Sem a vantagem fiscal, os super-ricos foram investir em outro lugar. Pelo menos 1,5 mil dos 3,9 fundos cancelados pertenciam a esta classe.

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