Empresa resultante da fusão entre Aliansce Sonae e BrMalls, a Allos deve ser capaz de ampliar a receita e o Ebitda (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), apesar da série de vendas de shoppings que o grupo fez nos últimos meses. Na visão de analistas, a companhia deve seguir a mesma tendência de seus pares, com crescimento das vendas dos lojistas e das receitas de locação e estacionamento.
Leia também
A Allos vai divulgar seu balanço nesta segunda-feira (13), após o fechamento do mercado. A previsão do mercado é de FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) ajustado de R$ 278 milhões no terceiro trimestre de 2023. Isso, se confirmado, representará recuo de 3% em relação ao mesmo intervalo de 2022. O Ebitda ajustado deve atingir R$ 482,6 milhões, alta de 7% na mesma base de comparação.
No caso da receita líquida, a previsão do mercado aponta para R$ 656,6 milhões, alta de 3%. Os números correspondem à média das projeções de cinco instituições financeiras: BTG Pactual, Bradesco BBI, JP Morgan, Safra e Santander. Os dados no critério “ajustado” excluem o efeito contábil da linearização do aluguel. As Prévias Broadcast não apresentaram lucro líquido porque só duas casas do mercado divulgaram projeções para este indicador.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
“Esperamos que a Allos reporte resultados sólidos no trimestre”, afirmaram os analistas Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni, em relatório do Santander. Na avaliação deles, a companhia deve ampliar a receita de aluguel graças aos reajustes de contratos com os lojistas acima da inflação, mas limitada pela redução do tamanho do portfólio com as vendas de ativos.
Os analistas do Santander também esperam elevação da receita de estacionamento, com um fluxo maior de visitantes aos shoppings, o que foi ajudado pelos lançamentos de filmes de grande bilheteria nessa temporada. Outro fator positivo é o esperado aumento na receita de serviços, uma vez que o grupo assumiu a gestão do Shopping Eldorado, em São Paulo, a partir de setembro de 2022.
Pelo lado negativo, a equipe do Santander espera uma queda do FFO, impactado negativamente por maiores despesas financeiras líquidas devido aos juros altos e à maior alavancagem da companhia na comparação anual.
Os analistas do Bradesco BBI também esperam um balanço positivo para a Allos no terceiro trimestre. Do lado operacional, a previsão é de taxa de ocupação em linha com os níveis do segundo trimestre, enquanto as vendas dos lojistas devem aumentar cerca de 5% na comparação anual.
Publicidade
“Vemos que a Allos deve continuar focando na retirada de descontos dos lojistas e na integração com BrMalls, enquanto os cinco ativos vendidos por R$ 750 milhões devem ser reconhecidos apenas no quarto trimestre”, descreveram os analistas Bruno Mendonca, Pedro Lobato e Herman Lee, em relatório do Bradesco BBI.