Segundo Carlos Sequeira, do BTG Pactual, a alta de 40% das ações brasileiras em 2025 reflete uma tendência regional e não fatores domésticos.; juros elevados e cenário eleitoral seguem como entraves. (Imagem: ADobe Stock)
As ações do Brasil acumulam alta de aproximadamente 40%, em dólares, em 2025, mas o movimento não está intrinsecamente ligado a fatores internos do Brasil, segundo Carlos Sequeira, chefe da área de análise e pesquisa do BTG Pactual. Segundo ele, “todos os mercados na região” estão experimentando crescimentos semelhantes, com México e Chile também valorizando perto de 40%.
Durante a Brazil Economic Conference, promovida pela BrazilCham em Nova York, Sequeira afirmou que as ações do Brasil estão “baratas”, com o País negociando a 9,4 vezes o múltiplo de preço em relação ao lucro quando excluídas da conta grandes empresas como Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3).
Ainda assim, ele apontou um desafio significativo: as elevadas taxas de juros de longo prazo. “Temos taxas de longo prazo em torno de 7,7%”, disse ele, alertando que o prêmio para possuir ações no Brasil hoje “é pequeno” quando ajustado para essas taxas elevadas. Isso sugere que, apesar dos múltiplos atraentes, o potencial de melhoria é limitado, a menos que haja uma redução significativa nas taxas de juros.
A expectativa dele é de que o Brasil também inicie um ciclo de alívio monetário em breve, possivelmente começando em “janeiro do próximo ano”. Ele mencionou um “consenso de mercado hoje” de que as taxas começarão a cair. Reduções nas taxas de juros teriam um impacto positivo nas despesas com juros das empresas que operam principalmente no mercado doméstico, melhorando seus ganhos. Ele estima um crescimento de “17% em termos nominais” nos lucros dessas empresas até 2026, o triplo do previsto para o PIB.
As eleições, porém, são um fator crítico para o mercado brasileiro, segundo Sequeira, para quem “o presidente em exercício, Lula, é um candidato muito competitivo”. Mas a falta de clareza sobre o oponente de Lula gera instabilidade. Ele comentou que, antes da definição clara dos candidatos da oposição, é um “grande palpite o que acontecerá nas eleições no próximo ano”, destacando a reação dos mercados às mudanças no fluxo de notícias eleitorais.
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