A possibilidade de haver um aumento adicional das taxas de juro nos Estados Unidos, em um contexto em que vários países emergentes estão realizando redução das suas taxas, poderá encorajar saídas de capitais dessas nações e pressionar as taxas de câmbio, diz a agência de análise de risco de crédito S&P Global Ratings, em nota publicada nesta quarta-feira. A agência afirma que os riscos geopolíticos, que continuam complicando o panorama, além de um crescimento decepcionante na China e da zona euro são outros fatores que geram ventos contrários para o fluxo a emergentes.
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“Os spreads serão vulneráveis a condições externas voláteis”, avalia a S&P Global.
A chance de o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, manter os juros até o final deste ano continua majoritária, após dados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgados nesta manhã. Segundo ferramenta de monitoramento do CME Group, o mercado ampliou precificação de manutenção na reunião de setembro para 97%, por volta das 13h36 (de Brasília), ante 93%, antes do dado de inflação. Para novembro, as apostas de manutenção subiram a 57,9%, de 55,8%. Em relação a dezembro, a probabilidade de manutenção estava em 54,4%, abaixo do patamar de 55,2% ontem, mas ainda majoritária. A possibilidade de alta de 0,25 pp subiu para 41,9%, ante 41,2%.
China
A agência de análise de risco de crédito diz que dados de alta frequência na China apontam para moderação no crescimento no terceiro trimestre, uma vez que as vendas no varejo e as exportações se deterioraram nos últimos meses. Mas como a atividade e o crédito continuam crescendo, embora a um ritmo mais lento, é improvável uma desaceleração acentuada do crescimento.
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Ao mesmo tempo, a S&P Global avalia que é provável que as exportações dos países emergentes da Europa, Oriente Médio e África (Emea) se enfraqueçam, à medida que os dados de alta frequência e os índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) na zona euro, especialmente na Alemanha, permanecem sem vigor.