Lucro da Ambev (ABEV3) pode ter leve melhora no 1TRI, diz Bradesco BBI; veja o impacto nas ações

Embora o resultado possa ser impactado por uma alíquota efetiva de imposto mais alta, o banco prevê que o impulso surgirá dos efeitos de conversão favoráveis devido à desvalorização do real, bem como à transferência de aumentos de preços.

Para receita da Ambev, o BBI espera uma alta anual de 8%, somando R$ 21,9 bilhões. Enquanto para o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) e a margem, a previsão é de R$ 7,25 bilhões e 33,1%, avanço de 11% e 110 pontos base (bps), respectivamente.

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Já os volumes de cerveja no Brasil devem cair 1,5% em relação ao ano anterior. A retração, segundo o analista, ocorre diante da comparação difícil frente aos números recordes vistos no primeiro trimestre de 2024. “Contudo, em nossa visão, também se relaciona a um setor que parece não estar crescendo mais”, ponderam os analistas Henrique Brustolin e Pedro Fontana.

Em relação aos preços das cervejas, a dupla acredita que podem aumentar 4,8% em relação ao ano anterior, ficando abaixo do nível geral de inflação.

Para o ano, o BBI acredita que o crescimento da companhia deve ser limitado, já que a indústria cervejeira no Brasil desacelera, a concorrência permanece acirrada, as pressões de custo aumentam e os volumes nas unidades de negócios internacionais também desaceleram.

A única unidade de negócio que deve apresentar bom desempenho é a da América Latina, segundo os profissionais. Para eles, os volumes devem crescer 5% em relação ao ano anterior e a margem Ebitda deve continuar sua tendência de recuperação, com expansão de 210 bps em relação ao ano anterior, para 33,6%.

“A divisão deve ser beneficiada por uma maior alavancagem operacional e pela desaceleração da inflação doméstica”, afirmaram. Combinado com um real mais fraco, o banco prevê que o Ebitda da divisão cresça 23% em relação ao ano anterior.

O Bradesco BBI reitera recomendação neutra para as ações da Ambev (ABEV3), com preço-alvo de R$ 12, o que representa uma desvalorização de 11% em relação ao último fechamento.

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