A Ambev (ABEV3) anunciou que seu Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 0,4612 por ação, com base nos saldos disponíveis no balanço extraordinário levantado em 30 de novembro de 2025.
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A Ambev (ABEV3) anunciou que seu Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 0,4612 por ação, com base nos saldos disponíveis no balanço extraordinário levantado em 30 de novembro de 2025.
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O valor de R$ 0,3459 por ação da companhia será imputado ao dividendo mínimo obrigatório referente ao exercício de 2025 e distribuído com base no lucro do exercício e o valor de R$ 0,1153 por ação da companhia será pago a título de dividendos adicionais e distribuído com base na reserva de lucros.
A Ambev também aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP), com base na reserva de lucros, correspondentes ao valor bruto de R$ 0,2690 por ação, ou líquido de R$ 0,2286.
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Os pagamentos dos dividendos e do JCP da Ambev serão efetuado em 30 e 31 de dezembro respectivamente. Farão jus os acionistas com base na posição acionária do dia 18 no que se refere às ações negociadas na B3, e de 22 no âmbito dos ADRs negociados na New York Stock Exchange (NYSE). Os papéis passarão a ser negociados ex-dividendos e ex-JCP a partir de 19 de dezembro.
O Citi avalia que o pacote de dividendos anunciado pela Ambev no fim do ano “coloca números concretos por trás do rerating (reavaliação)” da ação. Embora o banco considere a remuneração atrativa, o montante ficou aquém do que parte do mercado aguardava.
Em relatório, a analista Renata Cabral destaca que alguns investidores apostavam num pagamento quase duas vezes maior e numa adoção mais ousada de alavancagem antes da tributação de dividendos que começa em 2026. Para o Citi, o avanço de cerca de 14% no preço das ações desde o fim de outubro reflete sobretudo essa expectativa, não uma melhoria nos fundamentos.
O Citi explica que mudanças tributárias de 2023 elevaram a alíquota efetiva da companhia de cerca de 4% para 24%. Com o limite ao juro sobre capital próprio e a criação de um imposto de 10% sobre dividendos a partir de 2026,mas com isenção para os dividendos referentes a 2025 pagos até 2028, investidores passaram a defender a distribuição de todo o excesso de caixa e até alguma alavancagem.
Depois da recente valorização, a ação negocia com múltiplo de cerca de 14 vezes o lucro projetado, em linha com a Heineken (14,4 vezes) e acima de engarrafadoras mexicanas como Arca e KOF (13 vezes). O Citi entende que o papel já embute a premissa de retornos de capital mais proativos e alguma melhora na governança do balanço. Com volumes de cerveja no Brasil ainda fracos e concorrência intensa, o banco vê espaço limitado para nova reprecificação.
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O Citi tem recomendação neutra para as ações da Ambev (ABEV3), com preço-alvo de R$ 12,6, o que implica em um potencial de desvalorização de 7,6%, ante o último fechamento do papel.
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