- As ações da Americanas (AMER3) lideram os ganhos do mercado brasileiro nesta terça-feira (21)
- Segundo a coluna Painel S.A, do jornal Folha de S. Paulo, a expectativa era de que o acordo entre acionistas da empresa e bancos fosse fechado nesta terça
- O suposto arranjo prevê que Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil, entre outros credores, convertam parte de seus créditos em até R$ 12 bilhões em ações da varejista
As ações da Americanas (AMER3) lideram os ganhos do mercado brasileiro nesta terça-feira (21). Fora do Ibovespa, os papéis da varejista disparam 13,86% cotados a R$ 1,15 às 16h06, após oscilarem entre máxima a R$ 1,20 e mínima a R$ 1,05. O movimento ocorre em meio a rumores de que a empresa pode estar próxima de chegar a um acordo com credores.
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Segundo a coluna Painel S.A, do jornal Folha de S. Paulo, a expectativa, conforme pessoas que participam das negociações, era a de que o acordo entre acionistas e bancos fosse fechado nesta terça-feira (21), com uma capitalização de R$ 24 bilhões.
O suposto arranjo prevê que Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil, entre outros credores, convertam parte de seus créditos em até R$ 12 bilhões em ações da empresa, com o restante dos créditos seguindo o fluxo de pagamentos, em parcelas e com descontos, dentro do processo de recuperação da varejista.
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Já os acionistas de referência – os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira– devem colocar até R$ 12 bilhões na companhia. Em fato relevante divulgado em outubro, a companhia já havia comunicado ao mercado a proposta do trio para contribuir com um aumento de capital de curto prazo nesse valor. A quantia supera o aporte de R$ 10 bilhões proposto no início do ano.
Conforme apurou o Broadcast, o acordo com credores pode ser realizado até o fim desta semana, mas sem a assinatura do Banco Safra, que tem R$ 2,5 bilhões a receber da Americanas. As conversas entre a varejista e os demais bancos avançaram após a publicação do balanço de 2022 da empresa na última semana, depois de quatro adiamentos. As informações são de fontes consultadas pelo Broadcast sob anonimato.
Em meio aos rumores, a companhia divulgou um fato relevante nesta terça (21), no qual falou sobre o status atual da negociação com os seus credores. A varejista destacou que vem avançando nas negociações com os bancos e na elaboração dos documentos relacionados ao seu plano de recuperação judicial, tendo como objetivo uma possível realização da Assembleia Geral de Credores (AGE) em 2023.
“No entanto, até o momento, os termos finais do plano de recuperação judicial, assim como de eventuais acordos de apoio ao plano, entre Companhia e seus principais credores financeiros, ainda se encontram em negociação, não sendo possível precisar se ou quando tais negociações serão concluídas”, ressalvou a empresa.
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