- Silveira afirmou que, apesar de sermos o maior produtor de petróleo da América Latina, a capacidade de refino deficitária "nos torna reféns de importações de derivados de petróleo e de gás natural, deixando o mercado nacional exposto às constantes e abruptas oscilações internacionais de preço."
- Segundo o ministro, é necessário implementar um desenho de mercado que promova a competição, mas que preserve o consumidor da volatilidade de preço dos combustíveis.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que é urgente ampliar e expandir o parque de refino no Brasil, levando os empreendimentos para mais regiões e modernizando as plantas. Segundo ele, a Petrobras, como maior refinadora do País, terá um papel central na expansão, conduzindo o processo e a adesão de outras empresas.
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Em seu primeiro discurso como ministro, Silveira afirmou que, apesar de sermos o maior produtor de petróleo da América Latina, a capacidade de refino deficitária “nos torna reféns de importações de derivados de petróleo e de gás natural, deixando o mercado nacional exposto às constantes e abruptas oscilações internacionais de preço.”
A declaração do ministro vai em linha com o que defendeu o grupo de trabalho que analisou o setor de óleo e gás durante a transição do governo. Os técnicos defenderam que a estatal suspendesse a venda de refinarias e ativos.
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“Nesse ponto, a Petrobras, na qualidade de vetor estatal do desenvolvimento setorial e de maior refinadora do país, terá, naturalmente, papel central na expansão, conduzindo o processo e induzindo a adesão de outros agentes. E espero que em breve, conduzida pelo nosso colega e profundo conhecedor da área, Jean Paul Prates, a Petrobrás e esse Ministério trabalhem alinhados nas questões essenciais ao Brasil”, disse.
Segundo o ministro, é necessário implementar um desenho de mercado que promova a competição, mas que preserve o consumidor da volatilidade de preço dos combustíveis. “É muito difícil explicar ao brasileiro que somos o paraíso dos biocombustíveis, que temos riqueza em pré-sal, mas que ele ficará, inevitavelmente, à mercê do preço das commodities internacionais ou do açúcar no mercado internacional.”
Silveira também destacou a importância de se trabalhar pela disseminação e bom aproveitamento do nosso gás natural, “muitas vezes preterido no planejamento setorial e desperdiçado”, classificou. “Esse caminho de valorização do nosso gás passa, antes de tudo, pela democratização do seu acesso para toda a cadeia industrial e para as residências do nosso Brasil.”