

As captações de empresas no exterior somaram US$ 11 bilhões no primeiro trimestre, o maior volume para o período desde 2014, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O risco, porém, é que a guerra comercial desencadeada pelas tarifas dos Estados Unidos afetem as próximas operações no exterior.
Só nos três primeiros meses do ano foi captada quase metade do levantado em 2024 inteiro, que somou US$ 20 bilhões, disse o presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, Guilherme Maranhão, em coletiva à imprensa.
“As empresas souberam aproveitar a janela no exterior”, disse Maranhão, citando que isso ocorreu mesmo com o mercado local forte. O fator a se observar agora é como fica o cenário lá fora, por conta da alta volatilidade e ruídos causados pelos anúncios de tarifas comerciais de Donald Trump. “O mercado acabou fechando por causa da guerra de tarifas, mas pode reabrir a qualquer momento”, disse ele.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O nível de ruído, ressalta Maranhão, acaba afetando o mercado internacional de dívida, e as operações tiveram queda recente, disse ele. Já nas captações do mercado local, não houve maiores impactos. “Devemos continuar tendo um ano forte”, disse o diretor da Anbima, César Mindof.