

O volume administrado pelas casas de gestão de patrimônio alcançou R$ 498,5 bilhões em 2024, uma alta de 8,9% em relação a 2023 (R$ 457,8 bilhões). O número de instrumentos de investimento – como fundos de investimento e carteiras administradas – também cresceu no período, passando de 29.947 para 34.528 (+15,3%). Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).
“O volume financeiro está crescendo ano a ano, já chegando praticamente aos R$ 500 bilhões. A indústria está em linha com o que já acontece fora do País, com a participação de casas independentes que procuram atuar somente no segmento de gestão de patrimônio”, destacou Richard Zillioto, coordenador da Comissão de Gestão de Patrimônio da Anbima, em entrevista ao Broadcast Investimentos.
Os dados da Anbima também mostram que os fundos de investimento seguem com o maior volume financeiro, com R$ 316,7 bilhões em 2024 ante R$ 313,3 bilhões em 2023 (+1,1%). Já o avanço das carteiras administradas foi maior, de 25,8% no período, de R$ 144,5 bilhões para R$ 181,8 bilhões.
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O número de fundos caiu 6,3%, de 4.196 em 2023 para 3.933 em 2024, enquanto o de carteiras administradas subiu 18,8%, de 25.751 para 30.595. Ainda, o número de gestores cresceu de 148 para 153.
Volume financeiro por região
O volume financeiro no Nordeste teve um crescimento de 25%, chegando a R$ 45,5 bilhões em 2024. Em número de clientes, houve uma variação positiva de 43%, alcançando 2.342. Mas é a região Sudeste que segue na liderança no número de clientes, com 22.211 (+19,8%), enquanto o volume financeiro da região cresceu 7,6%, chegando a R$ 389,5 bilhões.
Nas demais regiões do País, os dados do primeiro semestre mostram que o Sul tem R$ 54,6 bilhões (+3,3%) e 4.665 clientes (+13,3%), o Centro-Oeste tem R$ 6,3 bilhões (+25,9%) e 2.496 clientes (+13,5%) e o Norte tem R$ 2,5 bilhão (+59,5%) e 405 clientes (+67,4%).
“A diversificação regional começa a acontecer com mais ênfase. Se olhássemos esse gráfico há poucos anos atrás, haveria uma participação bem menor de Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul. A concentração estava no Sudeste. Agora a participação está evoluindo e com tendência de crescimento para as demais regiões do País”, afirma Zillioto, sobre o volume administrado pelas casas de gestão de patrimônio por região.