Publicidade

Tempo Real

Atuação do Copom se deu em linha com o esperado, defende BC

Defesa vem em meio a críticas de agentes de mercado de que a autoridade monetária teria ficado atrás da curva

Atuação do Copom se deu em linha com o esperado, defende BC
Banco Central do Brasil é o responsável por definir a taxa Selic, um dos principais indicadores econômicos para o rendimento de investimento de renda fixa. (Foto: Shutterstock/Jo Galvao/Reprodução)

O Banco Central afirmou nesta quinta-feira (30) que a atuação do Comitê de Política Monetária (Copom) se deu em linha com o que é esperado em um regime de metas de inflação, em meio a críticas por parte de agentes de mercado de que a autoridade monetária teria ficado atrás da curva, perdendo a habilidade de garantir uma inflação na meta apesar das expectativas de uma Selic mais alta.

“As decisões (do Copom) foram em boa medida previsíveis e próximas ao que a maior parte dos agentes entendia adequado em cada momento, atestando a credibilidade do Banco Central”, defendeu o BC em box sobre ancoragem das expectativas de inflação e condução da política monetária incluído no Relatório Trimestral de Inflação.

O BC afirmou que as expectativas do mercado dadas pela mediana das projeções do Focus para a inflação acumulada em 12 meses que se realizará 18 meses à frente tiveram maior descolamento para baixo em agosto de 2020, de 0,8 ponto em relação à meta, “ainda sob a nítida influência dos efeitos desinflacionários iniciais da pandemia e logo antes que diversos choques inflacionários se manifestassem”.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Ainda segundo o BC, essas expectativas desde então subiram e, na ponta, estão 0,4 ponto acima da meta correspondente.

Numa análise da diferença entre a inflação acumulada em 12 meses e a meta de inflação, o BC apontou que, a despeito da inflação corrente alta, as expectativas se mantêm “relativamente próximas à meta, ao contrário do observado entre 2010 e 2015”.

“Portanto, considerando o quão desafiador é o atual ambiente em que se conduz a política monetária – contexto marcado por sucessão atípica de choques, que se revelam mais persistentes que o esperado e que levaram a inflação a patamar elevado – é significativo que as expectativas para um horizonte relativamente próximo continuem próximas à meta, em comparação a desvios observados em anos anteriores”, disse o BC.

De acordo com pesquisa Focus mais recente, as projeções do mercado são de IPCA em 8,45% este ano, 4,12% ano que vem e 3,25% em 2023, contra metas centrais de 3,75%, 3,5% e 3,25%, respectivamente. Já o BC prevê, para os mesmos exercícios, inflação de 8,5%, 3,7% e 3,2%.

Publicidade

No relatório, o BC lembrou ainda que, analisando as expectativas dos agentes nos questionários pré-Copom desde o início de 2020, quando começaram a surgir os primeiros sinais de pressão inflacionária em setembro de 2020, 10% dos analistas achavam adequado um estímulo monetário adicional.

O BC também ressaltou que, entre outubro de 2020 e janeiro de 2021, menos de 5% consideravam adequado que se iniciasse o processo de aperto na Selic.

O BC começou a elevar os juros básicos em março deste ano, tirando a taxa da mínima histórica de 2% que havia sido alcançada em meio à pandemia de coronavírus. Desde então, os juros já subiram 4,25 pontos, ao patamar atual de 6,25%.

Para a próxima reunião do Copom, em outubro, o BC já sinalizou que deverá adotar outra alta de 1 ponto na Selic.

Publicidade

Na ata do Copom publicada esta semana, o BC revelou que ponderou subir os juros para além do ajuste de 1 ponto que acabou adotando na semana passada, mas chegou à conclusão que considerando o cenário de incertezas sobre os choques na inflação, era melhor aumentar o ciclo de aperto na Selic para patamar “significativamente contracionista”.

Web Stories

Ver tudo
<
IPVA 2025: SP divulga datas de pagamento e descontos; confira
Pagamento de boleto via Pix: quando chega e como funciona a novidade?
3 receitas econômicas que vão salvar seu orçamento no fim do mês
Verão 2025: aqui está o segredo para viajar sem estourar o orçamento
Multa por dedo do meio? Descubra valor na nova punição por gestos obscenos ao volante
Quer gastar menos no açougue? Estas carnes são a solução
Passo a passo para saber se eu ganhei o sorteio da Nota Fiscal Paulista deste mês
Isenção do IR até R$ 5 mil pode aumentar seu salário; veja a partir de quando
15 doenças que dão direito a auxílio-doença e aposentadoria por invalidez
IPVA 2025: como saber se meu carro é isento?
Esqueça a picanha! Este é o corte econômico que está roubando a cena nos churrascos brasileiros
Vinhos: confira 5 espumantes “no precinho” para comemorar o ano-novo
>