Energia elétrica fica mais cara em SP a partir de sexta-feira. (Foto: Adobe Stock)
Moradores dos municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital paulista, terão um aumento da conta de luz a partir desta sexta-feira (4), conforme o reajuste anual da concessionária Enel. O efeito médio será de 13,94% de aumento nas tarifas para 8,07 milhões de consumidores atendidos pela distribuidora.
O reajuste anual da conta de luz foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última terça-feira (1). Segundo a agência reguladora, para os consumidores em alta tensão (indústrias, shoppings, e grandes unidades), o impacto será de 15,77%; e para os consumidores em baixa tensão (residências, pequenos comércios), será de 13,47%.
Segundo a Aneel, entre os fatores que mais impactaram os índices propostos estão os custos com encargos setoriais (que custeiam políticas públicas estabelecidas por meio de leis e decretos), aquisição de energia e componentes financeiros apurados no processo tarifário anterior.
Em nota, a Enel explica que o reajuste aprovado pela Aneel é resultado principalmente da elevação de custos que não são de sua responsabilidade. “Esses fatores, definidos por regulamentação federal, somados aos custos de transmissão e tributos federais e estaduais, têm impacto direto no valor final da fatura, independentemente da atuação da distribuidora”, diz.
Como vai funcionar o reajuste na conta de luz em SP?
A estrutura do reajuste tarifário é composta por duas parcelas principais:
Parcela A (custos que não são de responsabilidade da distribuidora: encargos, transmissão e energia): registrou variação de 7,30%;
Parcela B (custos gerenciáveis pela distribuidora): apresentou variação de 1,02%.
Adicionalmente, os componentes financeiros — valores pagos pelos consumidores nos 12 meses subsequentes ao reajuste — são incluídos ou retirados conforme a apuração regulatória. Assim, o efeito médio decorre de três ações: (i) reajuste dos custos de Parcela A e B; (ii) inclusão dos componentes financeiros atuais (-2,35%); e (iii) retirada dos componentes do ano anterior (+7,97%).
A Enel ainda destaca que o aumento da parcela (1,02%) é menor que a inflação acumulada nos últimos 12 meses (IGP-M de 4,39%).
“A maior parte da conta de luz é composta por custos que vão além da distribuição e incluem valores repassados aos setores de geração e transmissão, além dos tributos e encargos repassados aos governos federal e estadual. Do total arrecadado pela Enel SP, apenas 22,1% correspondem à parcela da própria distribuidora”, explica Hugo Lamin, Diretor de Regulação da Enel Brasil.
Conta de luz mais cara: veja dicas de como economizar
1. Escolha eletrodomésticos com Selo Procel A
Aparelhos com a certificação Selo Procel de Economia de Energia garantem maior eficiência energética, reduzindo o consumo sem comprometer o desempenho. Ao trocar equipamentos antigos, priorize aqueles que possuem essa classificação.
2. Substitua lâmpadas incandescentes por LED
As lâmpadas LED consomem até 80% menos energia e possuem vida útil muito maior. Elas consomem menos energia e duram muito mais, o que significa economia dupla para o seu bolso.
3. Aproveite a luz natural
Manter janelas abertas durante o dia permite iluminar os ambientes sem precisar acionar as lâmpadas. Além disso, essa prática melhora a ventilação da casa, reduzindo a necessidade de ventiladores e ar-condicionado.
4. Aposte no isolamento térmico
Paredes e telhados com isolamento adequado ajudam a manter a temperatura interna, diminuindo a necessidade do uso de aquecedores ou aparelhos de ar-condicionado. Cortinas blackout e tapetes também contribuem para conservar a temperatura do ambiente.
5. Dê preferência ao ventilador de teto
O ventilador de teto consome bem menos energia do que o ar-condicionado. Sempre que possível, opte por esse equipamento, que ajuda a refrescar o ambiente sem pesar tanto na conta de luz.
6. Avalie a instalação de painéis solares
Apesar do investimento inicial, a energia solar pode gerar uma economia de até 95% a longo prazo na sua conta de luz. Com os incentivos governamentais e a possibilidade de reduzir a dependência da rede elétrica, esse sistema se torna uma alternativa vantajosa.
Aparelhos conectados na tomada, mesmo sem uso, continuam consumindo energia. Tire carregadores, televisores e micro-ondas da tomada quando não estiverem em funcionamento para evitar gastos desnecessários.
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Ao adotar essas práticas, você pode reduzir seu consumo de energia elétrica e, consequentemente, sua conta de luz. Pequenas mudanças no dia a dia fazem a diferença para o bolso e para o meio ambiente.