

O Safra rebaixou para neutro sua recomendação para os papéis da Auren (AURE3). O preço-alvo também foi rebaixado para R$ 9,60, o que representa um potencial de valorização de 15,11% em relação ao último fechamento.
O rebaixamento das ações da Auren se deu pela incorporação na análise dos desafios da aquisição da AES Brasil (não listada), resultados recentes, números operacionais e premissas macroeconômicas atualizadas.
Foram considerados também os impactos negativos de um maior custo de capital e forte aumento dos níveis de dívida. “Devido ao atual nível de taxa de juros, a alta alavancagem aumentou significativamente as despesas financeiras e teve implicações negativas para a geração de caixa”, dizem os analistas Daniel Travitzky, Carolina Carneiro e Mario Wobeto.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Atualmente, a empresa tem um múltiplo de 5,7 vezes a dívida líquida sobre Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos). “Apesar dos bons níveis de geração de caixa operacional, a alavancagem deve permanecer alta até 2027”, apontam. A dívida foi em parte elevada pela aquisição da AES Brasil.
Mesmo que o investimento tenha sido estratégico, o banco aponta que os investidores devem esperar resultados da companhia para terem reações positivas.
Além disso, os analistas estimam que a Auren está sendo negociada com uma taxa interna de retorno implícito de 12,4% e um retorno total de 19,1%, o que a coloca em uma avaliação não tão atraente quanto a de seus pares.
Para o rebaixamento do preço-alvo da Auren (AURE3), o Safra considerou a redução de custos de cerca de R$ 100 milhões; estimativas de risco hidrológico de 10% a longo prazo; estimativas de limitação de 5% para ativos eólicos e 7% para ativos solares; e uma nova premissa de capex (investimentos) de R$ 1,4 bilhão em 2025 e 2026.
Publicidade