A Gerdau (GGBR4) apresentou resultados sólidos no segundo trimestre de 2023, segundo avaliação da XP, como esperado. Para a corretora, os bons resultados foram impulsionados principalmente pelas operações na América do Norte, mostrando preços estáveis (e sólidos), embora as paradas para manutenção tenham afetado negativamente os volumes e a lucratividade.
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Em relatório, os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano destacam que o Ebitda ajustado de R$ 3,792 bilhões ficou 1% acima do esperado.
No Brasil, segundo o time da XP, os principais destaques foram maiores volumes de vendas, devido às maiores exportações e volumes resilientes da construção civil e óleo & gás; preços realizados resilientes; e maiores custos unitários, devido aos maiores preços do carvão, parcialmente compensados pelos menores preços do minério de ferro e da sucata.
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Na América do Norte, a casa destaca menores volumes de vendas, impactados pela parada para manutenção nas unidades de Whitby (que demorou mais do que o esperado) e Charlotte; preços realizados resilientes; maiores custos unitários devido à menor diluição dos custos fixos; e margens menores em 26,1%.
Os analistas ressaltam ainda o ramp up (subida) de Whitby, aumentando a capacidade de produção de aço em 200 mil toneladas por ano, e o início da usina solar em Midlothian (TX).
“Embora esperemos que os preços eventualmente se normalizem na América do Norte nos próximos anos, vemos os atuais incentivos do governo apoiando um melhor desempenho relativo da Gerdau no curto prazo, reforçando um nível de valuation atraente, em nossa opinião: 2023 e 2024 (EV/EBITDA de 3,7 vezes e 4,8 vezes, respectivamente)”, afirmam.
Os principais riscos permanecem em uma potencial desaceleração econômica nos Estados Unidos e pressão de preços no Brasil (paridade de aços longos e planos em cerca de 16% e 24%, respectivamente).
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A XP reiterou a Gerdau como top pick (melhor escolha, na tradução do inglês) no setor de metais e mineração.