Em 29 de setembro de 2003, US$ 1 equivalia a R$ 2,93, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Hoje, essa régua subiu para R$ 5 – ou seja, em duas décadas, a moeda nacional perdeu 70% do valor frente ao dólar. A volatilidade da economia brasileira e essa diminuição de poder de compra é um dos motivos para a diversificação internacional, de acordo com Juliana Benvenuto, coordenadora de conteúdo e educação da Avenue.
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“O dólar na carteira acaba sendo uma proteção de longo prazo, não um risco”, afirma Benvenuto, durante o painel “Investimentos no exterior: complementando o que falta no Brasil”, no Women Invest Summit, congresso para mulheres investidoras que ocorre em São Paulo, nesta quinta-feira (28).
Participaram da conversa também Daniel Martins, sócio fundador da Geo Capital, Carolina Okamura, responsável pela área de soluções internacionais de portfólio do BTG Pactual, Bruno Stein, diretor geral da Global X ETFs Brasil, e José Eduardo Giraldez, do Women Invest, que foi moderador da discussão.
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Martins, da Geo Capital, reafirma a importância de diversificar em ativos no exterior para fugir dos riscos do mercado interno. E essa diversificação pode ser feita de maneira fácil, através de BDRs (títulos negociados na B3 que seguem o desempenho de empresas listadas no exterior), ETFs e fundos multimercados.
“Já temos exposição a empresas estrangeiras como consumidores, por que não ter essa exposição como investidores também?”, provocou. “Investir lá fora é algo muito mais próxima do que as pessoas acreditam. Não precisamos ir para esse universo de oportunidades só quando o Brasil está ruim.”
Já para Stein, da Global X ETFs Brasil, não há justificativas para não querer ter uma parte do portfólio no exterior e em moeda forte. “O único almoço grátis é diversificação. Por que abrimos mão do melhor que existe no mundo quando se fala de investimentos?”, diz.