O baixo nível de investimentos nos aeroportos do Brasil é citado pela Azul (AZUL4) como um dos diversos fatores de risco para as operações da empresa e de desenvolvimento segundo formulário 20-F entregue à Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM dos EUA).
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A empresa lembra no documento que oferece produtos e serviços que dependem do desempenho e confiabilidade da infraestrutura no Brasil e no exterior. “Historicamente, o investimento público na construção e desenvolvimento de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias tem sido relativamente baixo, o que afeta a demanda do turismo doméstico e também pode afetar nossa capacidade de realizar nossas operações ou limitar nossa expansão planos, bem como causar atrasos e aumentar os custos operacionais”, afirma a aérea.
Segundo a empresa, a falta de investimentos públicos ou privados na expansão da infraestrutura brasileira, principalmente aeroportos, portos e outros polos de viagens, podem levar a uma queda no vendas ou taxas de crescimento mais baixas do que a empresa espera, o que pode nos afetar adversamente as perspectivas de crescimento. “Em particular, a falta ou insuficiência investimento na manutenção de nosso principal hub em Campinas pode impactar a atividade geral e operação do aeroporto, o que nos impactaria adversamente”, diz.
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A Azul cita como exemplo Aeroportos Brasil, que detém a concessão para operação do aeroporto de Viracopos, pediu recuperação judicial em 2018 por não ter cumprido as suas obrigações contratuais relativas à construção de um novo terminal. Em 14 de fevereiro de 2020, os credores aprovaram o plano de reestruturação da dívida da empresa, que consiste na devolução dos concessão de operação do aeroporto de Viracopos à ANAC para iniciar um processo de relicitação da concessão a um novo operador.