AAzul (AZUL4) divulgou um plano de negócios atualizado no âmbito do Chapter 11, equivalente à recuperação judicial nos Estados Unidos. No documento, a empresa diminuiu as projeções para a taxa de crescimento anual composta (CAGR) de receita e Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) ajustado entre 2025 e 2029.
A companhia reduziu a projeção para a CAGR de receita de 7,4% no documento de julho para 5,8% no plano divulgado hoje. A expectativa para o avanço do Ebitda ajustado entre 2025 e 2029 caiu de 12,2% para 9,3%.
Já as projeções para o crescimento da capacidade (ASK), medida por assentos-quilômetro oferecidos, foi mantida em 3,4%. No orçamento pré-petição, o indicador era de 11,1%.
A CAGR para a receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos (RASK) foi reduzida de 3,9% para 2,3%. Ainda assim, acima do patamar de 0,7% no orçamento pré-petição.
Para o custo operacional por assento disponível por quilômetro (CASK), a Azul estima uma CAGR de 0,8% no novo plano ante 1,8% no anterior. A alavancagem líquida esperada para a saída do processo, por sua vez, caiu de 3 vezes para 2,5 vezes ante 4,9 vezes antes da entrada no processo.
Em apresentação, a aérea destaca o plano otimizado de frota e malha, com uma combinação ajustada no mix de aeronaves e menor capacidade no curto prazo. Cita também a implantação simplificada da malha, focando em hubs com forte presença e otimização da malha internacional.
“O plano de negócios atualizado assume, de forma conservadora, uma economia de custos de R$ 747 milhões com base em melhorias de produtividade e contratos finalizados já alcançados”, complementa a Azul.
Por fim, a Azul (AZUL4) espera que os passivos sejam inferiores ao plano anterior devido à manutenção de E1s de baixo custo, ao menor ritmo de entregas de E2 e à rejeição de A330 NEOs.