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Azul (AZUL4) pode ter trimestres desafiadores à frente, aponta Citi

O relatório do banco diz que a a lucratividade de curto prazo da empresa pode ser afetada

Azul (AZUL4) pode ter trimestres desafiadores à frente, aponta Citi
Avião da Azul, uma das principais companhias aéreas brasileiras. Foto: Fabio Motta/Estadão

Em meio às recentes adversidades nos preços do petróleo, o Citi avalia que as ações da Azul (AZUL4) estão em uma situação de grande desvalorização. O relatório do banco aponta para possíveis trimestres desafiadores à frente, com custos unitários ou CASK aumentados devido às despesas com combustível, afetando a lucratividade de curto prazo.

No entanto, a rentabilidade para o próximo ano ainda parece promissora, e mesmo com um valaution mais suave, as ações continuam a oferecer retornos atrativos nesse nível, na visão do banco, que mantém recomendação de compra para a Azul, com um novo preço-alvo de US$ 16, esperando que a ADR mais do que dobre (118,3%) de preço.

O Citi aponta para um ambiente operacional mais desafiador previsto para o segundo semestre de 2023 devido aos custos de combustível para a Azul. “Embora a racionalidade no cenário competitivo permaneça, as companhias aéreas no Brasil devem continuar a reportar boa receita unitária – medida em RASK, ou receita por quilômetro de assento disponível. No entanto, isso não é suficiente para compensar a pressão dos preços do combustível e das taxas de câmbio, levando a uma redução no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) previsto para 2023, agora ligeiramente abaixo do guidance da empresa de R$5,5 bilhões”, pontua.

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Por outro lado, a visão pessimista do Citi a longo prazo sobre os preços do petróleo, combinada com uma expectativa de real brasileiro mais forte, ainda apoia uma grande lucratividade esperada para a companhia em 2024 e 2025. A volatilidade recente do petróleo justifica a redução de 5,0 vezes para 4,75 vezes o múltiplo EV/Ebitda esperado para 2024, resultando em uma redução de US$ 1,25/ADR no preço-alvo.

A Azul permanece como a top pick do Citi entre as companhias aéreas brasileiras. “Em um ambiente de preços mais altos do combustível, as transportadoras com menor elasticidade de preços têm uma cobertura natural maior contra os preços do petróleo – e a Azul se encaixa nesse grupo. Devido à sua malha de rotas única, menor exposição à concorrência nas rotas principais e melhoria na eficiência da frota, a empresa deve manter sua posição à frente da concorrente local GOL no caminho para melhorar sua lucratividade. Além disso, o risco patrimonial na estrutura de capital incerta da GOL parece significativo. Em contraste, a Azul concluiu sua reestruturação com uma diluição de capital muito menor”, avaliam os analistas Stephen Trent, Filipe Nielsen e Jay Singh.

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