

As ações da Azul (AZUL4) e da Usiminas (USIM5) derretem 14,01% e 1,48%, respectivamente, no Ibovespa hoje, às 15h44 (de Brasília) desta quarta-feira (24). Os papéis da Hypera (HYPE3), por outro lado, apresentam movimento contrário e saltam 10,37% na Bolsa brasileira. Nesse instante, a principal referência da B3 sobe 1,91%, aos 134.738,38 pontos, sendo esse o maior nível atingido em 2025, até o momento.
Após rápida passagem em leilão por oscilação máxima, os papéis da Azul aprofundaram as perdas e seguem liderando a ponta negativa do índice. A queda está ligada à reorganização e ao aumento de capital de R$ 1,6 bilhão, segundo avaliação de Hugo Queiroz, sócio da L4 Capital. A quantidade de ações inicialmente ofertada foi acrescida em 3%, ou seja, em 13.517.180 ações, nas mesmas condições e pelo mesmo preço das ações inicialmente ofertadas, as quais foram destinadas a atender ao excesso de demanda constatado.
A Azul lembra que a oferta está inserida no contexto da reestruturação da companhia e visa não só obter novos recursos financeiros, contribuindo para melhorar sua futura estrutura de capital e para aumentar a liquidez, mas também possibilitar a equitação obrigatória de parte das notas de cupom de 11,500%, com vencimento em 2029, e cupom de 10,875%, com vencimento em 2030, emitidas pela Azul Secured Finance, e de titularidade de determinados investidores – veja detalhes nesta reportagem.
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Além disso, o head de renda variável da Fami Capital, Gustavo Bertotti, acrescenta que a baixa dos ativos ocorre em função de uma realização de lucros dos acionistas, diante da alta de 4,32% da véspera.
No caso da Usiminas, o mercado reage à divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2025. No período, a empresa apresentou o lucro líquido de R$ 337 milhões, o que representa alta de 845% em relação ao mesmo intervalo de 2024. O resultado do primeiro trimestre de 2024 havia sido um prejuízo de R$ 117 milhões. A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 6,858 bilhões, alta de 10% ante os primeiros três meses de 2024.
A companhia também reportou um Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ou lucro operacional) de R$ 733 milhões, número que veio acima da estimativa do Itaú BBA, de R$ 700 milhões. Segundo o banco, o desempenho melhor que a expectativa no período ocorreu em função dos melhores preços praticados pela divisão de mineração.
“É importante ressaltar que a empresa prevê resultados sequencialmente estáveis no segundo trimestre deste ano, impulsionados principalmente pela estabilidade dos preços e volumes realizados do aço, pela redução dos custos do aço e por uma ligeira queda nos resultados da mineração”, diz o relatório.
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A Hypera, por sua vez, opera no campo positivo do Ibovespa hoje, apesar de ter reportado prejuízo líquido de R$ 138,8 milhões no balanço do primeiro trimestre, divulgado na véspera. Com o resultado, a empresa reverteu o lucro líquido de R$ 391,5 milhões visto no mesmo período do ano anterior.
O Itaú BBA e o Bradesco BBI apontam que os resultados da empresa foram fracos, principalmente em virtude do processo de otimização de capital de giro. Por outro lado, o Safra, que também apontou problemas operacionais sobre o capital de giro, considerou o resultado positivo, principalmente pela geração de caixa de R$ 570 milhões – veja o que mais diz o mercado sobre o balanço nesta matéria.