Prédio da B3. (Foto: Maria Clara Matos/E-Investidor)
A B3 vai lançar contratos de opções com vencimentos semanais para ações e ETFs (fundos de índices) no dia 29 de janeiro. A novidade envolve 15 ativos que passarão a ter mais vencimentos no mês, todas as sextas-feiras. Antes da iniciativa, esse tipo de derivativo tinha vencimento mensal, na terceira sexta-feira de cada mês.
Vale lembrar que as opções são contratos que dão aos seus titulares o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo por um valor pré-determinado (preço de exercício) até uma data também pré-estabelecida. Os instrumentos foram criados para mitigar riscos de oscilação de preço, de modo a oferecer um mecanismo de proteção ao mercado.
Com o lançamento dos vencimentos semanais, a B3 espera que os investidores tenham a oportunidade de realizar estratégias de curto prazo, aproveitando eventos específicos do mercado. Situações, como a divulgação de um balanço com números diferentes em relação ao consenso de analistas, podem afetar o preço de uma determinada ação, assim como decisões de política econômica são capazes de influenciar significativamente o mercado como um todo.
Ao reduzir o prazo de vencimento, o preço que se paga para comprar a opção (prêmio) diminui e os investidores podem seguir diferentes estratégias de aplicação. Com datas de vencimento mais distantes, ocorre o movimento contrário, já que há mais incertezas e isso acaba elevando o valor da operação.
Thalita Forne, gerente de Produtos Listados da B3, explica que a Bolsa brasileira tem tentando sofisticar cada vez mais os ativos oferecidos aos investidores. “Opções semanais já são uma realidade nos principais mercados globais e essa demanda por vencimentos mais curtos, que permitam a concretização de novas estratégias por parte dos investidores, chegou até nós”, afirma.
Entre os 15 ativos que terão opções semanais, estão ações do setor de varejo, como Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), papéis de empresas com grande peso para a composição do Ibovespa, como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), além de ETFs que replicam o índice, como o iShares Ibovespa (BOVA11) e o It Now Ibovespa (BOVV11).