Houve “reservas” entre dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) sobre a comunicação proposta de uma intenção para a reunião de março da instituição, mostra a ata da mais recente reunião de política monetária, publicada na quinta-feira (02). O documento aponta que havia um “consenso geral” de que o aperto seria necessário, mas também foi trazido o argumento de que os juros estão mais perto de um nível no qual é necessário haver cautela para garantir que não ocorra aperto excessivo.
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Diante dessa “incerteza elevada”, a perspectiva inflacionária poderia mudar rápido, para um lado ou outro, aponta a ata. Isso exigirá uma avaliação cuidadosa dos novos dados e do efeito das altas já adotadas sobre a dinâmica de preços. Não apenas diante da meta simétrica de inflação, mas o risco de fazer “muito” merecia tanta consideração quanto de fazer pouco na política monetária, diz o documento.
Na reunião dos dirigentes, foi ainda notado que o impulso no núcleo da inflação no curto prazo começava a declinar um pouco, e a tendência é que recue mais com o tempo. Além disso, com colchões acumulados por famílias e empresas e demanda substancial reprimida, a política monetária poderia ser apertada sem causar grande dano à economia real, julgavam os dirigentes na ocasião. Esses colchões estavam em níveis ainda elevados, mas diminuíam, o que implicava mais cautela sobre os próximos passos, apontava a ata.
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