O Banco Central (BC) informou que realizará nesta sexta-feira (30), das 9h30 às 9h35, um leilão de venda de dólares à vista, referenciado à taxa Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro, calculada durante o dia pelo BC). Segundo o comunicado, será aceita a compra de no máximo US$ 1,5 bilhão. O último leilão à vista havia ocorrido em abril de 2022.
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“Cada ‘dealer’ de câmbio poderá enviar até três propostas que deverão conter o volume pretendido e o diferencial, com até seis casas decimais, a ser adicionado ou diminuído da taxa de venda USDBRL do boletim de fechamento Ptax do dia do leilão”, explica o texto da autoridade monetária.
A realização do leilão cambial explicita uma potencial anormalidade no mercado e uma mudança de postura da autoridade monetária, que sempre evitou intervir no câmbio em dia de fechamento da taxa Ptax mensal para impedir distorções na formação de preço.
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O Broadcast apurou que há expectativas de saída de cerca de US$ 1 bilhão do País nesta sexta-feira, em razão do rebalanceamento do EWZ (principal fundo de índice (ETF) brasileiro negociado em Nova York), que vai passar a incluir ações brasileiras listadas no exterior, como XP e Nubank (ROXO34).
O resultado será divulgado por meio de um comunicado no BC correio e serão aceitas propostas cujo diferencial seja superior ou igual ao divulgado no resultado, podendo ocorrer aceitação parcial do volume ofertado.
Na quinta-feira (29), o dólar voltou a superar a marca de R$ 5,60 pela primeira vez em mais de 20 dias, após números de atividade dos Estados Unidos terem esfriado as apostas em um corte de juros agressivo pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
A moeda americana à vista fechou em alta de 1,22%, cotada em R$ 5,6231, pressionada também por uma certa cautela nos mercados em razão da espera por novos sinais na condução da política monetária, após a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do BC.
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Na quarta-feira (28), em um evento do Santander (SANB11), o atual chefe da autarquia, Roberto Campos Neto, disse que o Banco Central estava “com o dedo no gatilho” para atuar no mercado de câmbio, se necessário. Galípolo, que é diretor de Política Monetária e responsável pelo departamento que cuida do câmbio, já havia dito que a diretoria ficou próxima de intervir este ano.
* Com informações do Broadcast