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Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com pessimismo do mercado; oportunidade de compra?

Mesmo com o dia negativo, as ações do Banco do Brasil continuam com o tom positivo do mês; veja se vale a pena investir no ativo

Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com pessimismo do mercado; oportunidade de compra?
Ações caem em dia de pessimismo na Bolsa (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) recuam nesta quinta-feira (22) em meio ao pessimismo do mercado com o principal índice da bolsa caindo no pregão de hoje. Às 14h06min, as ações do Banco do Brasil recuavam 2,47%, a R$ 28,00. Por volta do mesmo horário, o Ibovespa recuava 1,00%, a 135.096,83pontos.

O mercado acionário brasileiro passa por uma correção nesta quinta-feira após seu principal registrar recordes nos últimos três pregões. Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 0,28%, aos 136.463,65 pontos, após uma onda de otimismo em meio à ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed).

O documento revelou como a “vasta maioria” dos membros da autoridade monetária acredita ser apropriado cortar a taxa básica de juros no próximo encontro, caso os dados econômicos continuem vindo dentro do esperado. Assim como no comunicado, foi reconhecido que houve progressos recentes na evolução da inflação, gerando mais confiança de que a trajetória aponta para o atingimento da meta de 2% ao ano.

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Com a agenda esvaziada nesta quinta-feira, é esperado que o indicador passe por alguma correção. Mesmo com o dia negativo, as ações do Banco do Brasil continuam com o tom positivo do mês. Segundo informações do Broadcast, ações da companhia sobem 7,2% no acumulado de agosto até o momento.

Queda abre oportunidade de compra para as ações do Banco do Brasil?

O Itaú BBA reiterou sua classificação de market perform, desempenho dentro da média do mercado, para as ações do Banco do Brasil (BBAS3). A classificação equivale a recomendação neutra. Os analistas comentam que apesar de a companhia ainda ter uma rentabilidade, medida pelo Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) acima de 20%, os lucros de curto prazo devem permanecer lateralizados e sem grandes crescimentos.

Essas estimativas de lucro sem grandes crescimentos devem acontecer pelo fato da empresa apresentar uma margem financeira não tão grande para superar as maiores provisões de uma forma que faça o lucro crescer acima do esperado. Na visão dos analistas, a margem do BB enfrenta desafios de mix de crédito devido ao maior crescimento em agronegócio e pequenas e médias empresas, impactos adversos do maior portfólio renegociado e comparações difíceis do forte primeiro semestre do Banco Patagonia.

A companhia revisou o crescimento de sua margem financeira de 7% e 11% para uma alta de 10% e 13%. No acumulado do primeiro semestre de 2024 do BB, a margem financeira bruta do Banco do Brasil acumula uma alta de 16,4%. “Portanto, a revisão para cima da margem financeira parece ter sido mais impulsionada pelo desempenho do primeiro semestre e uma perspectiva de Selic mais alta, e menos pela dinâmica do crédito”, dizem Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, que assinam o relatório do Itaú BBA.

Banco do Brasil está descontado e com bons dividendos

Os analistas até aceitam que o Banco do Brasil está sendo negociado a um preço descontado, com a métrica Preço sobre Lucro (P/L) estimado para 2025 em 4 vezes. A equipe do Itaú BBA estima que o banco deve pagar cerca de 10% do seu valor de mercado em dividendos nos próximos 12 meses. Ainda assim, a recomendação não é de compra.

“Vemos um fraco momento de lucros impedindo que as ações sejam reclassificadas. Nossa classificação de market perform se mantém. Reiteramos a preferência relativa pelo Bradesco e Santander Brasil em grandes bancos – também descontados em relação ao seu histórico, mas com uma direção positiva do ROE”, dizem os especialistas.

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O Itaú BBA calcula um preço-alvo de R$ 31 para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), uma alta de 6,41% na comparação com o fechamento de quarta-feira (21), dia em que o papel terminou o pregão a R$ 29,13.

Já o BTG argumenta que a companhia parece estar se enfraquecendo e que o balanço do segundo trimestre do BB pode indicar que a empresa chegou ao ponto máximo e que pode desacelerar. “Já faz algum tempo que não o consideramos o Banco do Brasil em nossa lista de principais escolhas. Sentimos que os investidores começarão a precificar os ganhos máximos e que o papel pode sofrer”, apontam Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, que assinam o relatório do BTG.

A equipe recomenda compra para o Banco do Brasil (BBAS3) por considerar o papel barato em relação aos pares e pela rentabilidade acima dos 20%, o que, para o BTG, pode implicar em dividendos de até 12% entre 2024 e 2025. Os analistas recomendam compra para o Banco do Brasil com preço-alvo de R$ 36,00, uma alta de 23,58% em relação ao fechamento de quarta-feira (21).