O Santander rebaixou a recomendação para o Banco do Brasil (BBAS3) para neutro e cortou o preço-alvo de R$ 45 para R$ 26, o que representa um potencial de valorização de 9,7% sobre o último fechamento do papel. Segundo o banco, o rebaixamento se deu pela falta de visibilidade sobre os resultados de 2025.
Em relatório, os analistas Henrique Navarro e Anahy Rios avaliam que o resultado do BB no primeiro trimestre foi fraco, com um retorno sobre investimento (ROE) de 16,7%. Para a dupla, o número se deu por uma deterioração no segmento agrícola, que deve se estender até o segundo semestre; o impacto negativo da Resolução 4.966; e a contaminação de outros segmentos pelo agro.
“Fizemos um corte profundo na renda líquida no futuro previsível, bem como nos ROEs de longo prazo, e decidimos permanecer de fora em relação ao Banco do Brasil até que a visibilidade melhore”, dizem os analistas.
O Santander entende que a safra recorde e os preços de commodities favoráveis podem ajudar o Banco do Brasil (BBAS3), porém a perspectiva de uma Selic 120 pontos-base menor para 2026 reduz o carry da taxa de juros nos lucros e perdas. Diante disso, os analistas dizem ter dúvidas sobre os pagamentos de dividendos de 40% pelo banco. “Não estamos recomendando o BB para estratégias de dividendos”, apontam.