Balanço fraco do Banco do Brasil segue ceifando ânimo do mercado sob as ações. (Foto: Adobe Stock)
O balanço do primeiro trimestre do Banco do Brasil (BBAS3) veio abaixo do esperado pelo mercado e fomentou uma piora na visão sobre as ações do banco. O BTG Pactual rebaixou, na sexta-feira (16), a recomendação da empresa e cortou o preço-alvo do papel, por causa dos resultados “piores do que o temido”.
A estatal brasileira reportou um lucro líquido ajustado de R$ 7,37 bilhões no balanço financeiro referente a janeiro, fevereiro e março deste ano, uma queda de 20,7% em comparação ao mesmo período de 2024. Leia nesta matéria como devem ficar os dividendos do Banco do Brasil após o último resultado trimestral.
Logo após a divulgação do balanço, o BTG era a única casa a manter a recomendação de compra para Banco do Brasil. Segundo o relatório divulgado na sexta-feira, a posição mudou após a teleconferência de resultados “não endereçar todas as preocupações levantadas por investidores e analistas”.
“Apesar de a avaliação seguir atrativa — e de se poder argumentar que estamos próximos do pico de inadimplência na carteira do agronegócio — decidimos fazer uma pausa neste momento e rebaixar as ações do BB de compra para neutro”, afirma o relatório assinado por Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura.
Balanço fraco pesa nas ações do Banco do Brasil
No dia em que divulgou o balanço trimestral, as ações do Banco do Brasil tombaram mais de 12% no pregão, refletindo a frustação do mercado – relembre aqui. Os papéis figuraram como a maior queda do Ibovespa e impactaram o humor do setor bancário.
Nesta segunda-feira, a desvalorização continua. Após o anúncio do BTG, as ações do Banco do Brasil passaram a recuar 1,36%, sendo a única queda do setor e uma das maiores do Ibovespa hoje.
“As coisas ainda podem piorar antes de melhorar: o balanço patrimonial já não parece tão sólido quanto há alguns anos e a ação recuou mais de 12% na sexta-feira — menos do que temíamos. Por isso, preferimos manter uma posição neutra, à espera de uma correção maior ou de maior clareza quanto aos resultados futuros”, afirmam os analistas em relatório.
Assim, o BTG reduziu de compra para neutro a recomendação para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), e cortou de R$ 34 para R$ 30 o preço-alvo do papel, o que implica em um potencial de alta de 16,9% em relação ao fechamento de sexta-feira.